dEaR diArY: bAcK tO rOtInE

De volta a sociedade, eu acho.

Acordar cedo, me arrumar, engolir alguma coisa que me sustente o dia todo antes de sair... seria isso aquilo que os outros chamam de vida saudável? Eu pelo menos não chamaria de saudável mudar mais uma vez de fuso horário, mudar hábitos sem o menor aviso prévio e mudar todas as coisinhas que eu adoro fazer, como acordar as 15 horas por exemplo, mas lá estava eu caminhando pela rua no que prometia ser mais um dia de calor escaldante, voltando a pegar aquele ônibus sujo e lotado rumo ao Kinho's Lab.

O Sol não estava assim tão quente e o clima estava fresco, tudo correndo bem, só gostaria de saber o que aquele bando de estudantes e não-estudantes que estavam parados em frente aquela escola estavam vendo de tão importante em mim? Tudo bem que eu estava com aquela cara de panda que acabou de cair da árvore e andando totalmente errado, mas eu sinceramente não acredito que isso seja um motivo plausível para chover córneas em mim. Eu provavelmente já falei isso, mas eu não sei reagir a pessoas e a minha coodenação motora cai quase a zero quando estou andando por um lugar onde a grande maioria está olhando para a minha cara e se eu já estava andando todo errado, acho que já dá para avaliar o que seria desviar de um buraco depois disso.

Cheguei no ponto de ônibus, nada mudou. O ônibus apareceu, nada mudou. Entrei no ônibus e com exceção de um homem com cara de psicopata que não parava de olhar para a minha cara e para minha camisa, nada mudou. Sensação estranha de entrar em um ônibus depois de algum tempo, sabe? Minha última entrada em um deles, por mais confortável que fosse, não foi o que eu poderia chamar de alegre ou divertida e o meu diskman ainda com o mesmo CD no deck não colaborava muito com isso por mais que me desligasse de todo o mundo ao meu redor, mas até aí nada demais. Nada demais? A presença do tal homem continuava a me incomodar, principalmente quando ele encostou a mão no meu ombro e disse: "Hey jovem, Jesus te ama. E Deus também! Deve ser algo do tipo "vamos-falar-com-ele-de-propósito-porque-ele-não-gosta"... que vontade de virar e falar "SÉRIO?!", mas só balancei a cabeça em sinal de positivo. E o resto da viagem seguiu com The Used, Stereophonics, Blur, The Get Up Kids, Splender, Live... entre outras coisinhas que denunciam que eu não estou tão "metal" nos últimos tempos.

É, agora eu chamo o prédio todo de Kinho's Lab e como eu disse, algumas coisas NÃO mudam. É incrível como o tempo passa e as pessoas continuam com as mesmas coisinhas mesquinhas, a mesma falta de vergonha na cara, a mesma cara-de-pau e a mesma PREGUIÇA em fazer as coisas como elas devem ser feitas e ficar empurrando com a barriga. Sinceramente? Tudo começa muito bem e acaba ruim, isso é fato e os problemas físicos continuam a ser os mesmos de sempre e por que diabos ninguém faz nada a respeito? Conveniência, talvez, pelo menos a palavra "blogger" não está mais bloqueada e no final das contas nem tudo são espinhos, afinal eu já dei uma situada nos meus compromissos, muitas coisas clarearam e com a ajuda do calendário já estou com a cabeça lá em junho depois de ter conferido todos os feriados e distribuido minhas faltas estrategicamente, uma beleza.

Nem está tudo resolvido, ainda falta uma coisinha muito importante para eu ficar temporariamente com a cabeça vazia e pensar besteira. E por falar nisso, depois do Doce Janeiro já estão surgindo convites, oferecimentos e planos para Dançando na Garoa... hahahaha... título provisório, eu sei, mas eu já disse que esse tipo de brincadeira é um perigo? :o)

Não, eu não tenho nada melhor para fazer, mas você já deveria saber isso a julgar pelo grande caderno de anotações que isso está se tornando a alguns posts. Só gostaria de deixar registrado que a natureza foi super camarada e deu uma vassourada no Sol mandando o dito cujo para longe e trazendo até uma chuvinha, com direito a ventania e tudo.

Obrigado.

"On My Own" - The Used, excuse me?
Kinho Dickinson