childhood

difícil falar sobre o dia de hoje sem nostalgia, sem as lembranças de uma época tão boa que não volta mais, sem acabar que nem alice acordando de um sonho que até tem o seu sentido, mas você só pega o espírito da coisa quando já está fora dele, quando já não mais pode aproveitar e hoje ninguém aproveita mais. polícia e ladrão só tem graça quando as armas são verdadeiras. os jogos de tabuleiro não são tão interessantes quanto counter striker. pogobol? toppo giggio? kichute? que isso? xuxa perdeu o trono, angélica não vai mais de taxi, sergio mallandro está mostrando o glu glu para as assistentes de palco e o garibaldo nem existe mais porque os pré-adolescentes já não aceitam ser chamados de crianças e agora eu me pergunto: o que eu estou fazendo aqui tentando fazer um post com a intenção deliberada de falar sobre o dia de algo que aparentemente não existe mais? é out falar sobre infância. talvez até seja in falar sobre a queridinha de Dodgson, mas como eu não sou um blogueiro-no-país-das-maravilhas que deturpa a história ou faz personificaçõeszinhas idiotas da personagen, misturando as bolas e acabando como produto final uma bruxa do oeste versão ruiva pós-moderna, vou ali aproveitar essa madrugada gostosinha debaixo do edredon com bono, nelson e a saga de hades. feliz dia das crianças pra quem ainda é criança, no melhor sentido da palavra.