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Deu. Deu. DEU. Perdi realmente toda a prática e vontade de ficar escrevendo por aqui. E ao invés de excluir tudo isto o que eu faço? Exatamente: venho reclamar do quanto isso tá chato e do quanto eu não consigo mais formular uma frase sequer e a coisa toda. Faço isso provavelmente porque eu não tenha nada mais interessante para fazer nessa tarde de domingo, o tédio impera e eu estou fazendo um curso de aprenda-a-controlar-seus-impulsos. Em treze fascículos. Não, não tem nada a ver com numerologia. Aliás, tem a ver com o quê? Não sei. Também tem aquela história de eu não querer ficar indo e voltando, tirando o blog do ar, colocando o blog do ar ou qualquer coisa que poderia fazer com que eu fosse comparado com alguém que eu não tenha qualquer semelhança e/ou que eu não goste de ser comparado - mesmo sabendo que eu não gosto de comparações at all. Sendo assim eu sigo ouvindo as lamúrias de Beth e vou empurrando toda essa joça com a minha barrigona flácida, manchada e pseudo peluda. We're all looking at a different picture, sabe? Pois é. Mas as pessoas devem realmente me adorar porque, veja bem, elas continuam aparecendo por aqui. Algumas deixavam comentários carinhosos na caixa de comentários que não existe mais, outras procuram por "sonhar com ladrão tentando entrar no lar palavra evangélica", outras por "decoração com jujubas". Também existem as que procuram por "thadeu whorish" e, pasme, eu nunca observei tanta procura por Kinho e deverivados.

Não que eu tenha talento para Polly mas, veja pelo lado bom, ao menos eu não tenho que ficar aturando gente bisbilhoteira ou então pseudo críticos de arte que acham que isso aqui é alguma grande obra que eles tem que ficar interpretando e, obviamente, achando coisas que só existem na cabeça dos mesmos. Falta do que fazer? Provavelmente. Nada contra os críticos, claro, mas já parou para pensar que a pedra-no-meio-do-caminho seja pura e simplesmente uma pedra-no-meio-do-caminho? Pois é. Só que alguém achou que uma pedra não tem tanta graça então alguém tem que dar à pobrezinha alguma significação mais interessante que esteja voltada, logicamente, para o próprio umbigo. Não, pedras não tem umbigo. Ou não. Apropósito, observe, não estou dizendo que eu seja uma pedra-no-meio-do-caminho. Até porque eu não fico no caminho de ninguém. Eu sou apenas um anjo que vive no seu mundinho e não consegue retribuir um gesto de carinho sequer e quando tenta fazer algo do tipo acaba fazendo uma interpretação pastelão, que é vista como fofura. Se quiseres chamar isso de pedra, acho que é pertinente. Ninguém que beija de olhos abertos merece consideração.

(...)

Acho que eu vou excluir isso. Give me a reason.

"Glory Box" - Portishead