Vote! Mas vote com tesão!, já dizia a embalagem da camisinha que eu recebi em uma dessas propragandas de políticos pelas ruas. Isso mesmo! Aquele estranho movimento que faz com que a maioria das pessoas consigam deixar seu tão amado televisor de lado e dedicar-se a uma atividade que não tenha nada a ver com ficar com a bunda plantada no sofá da sala cultivando brotoejas voltou. De acordo com a portaria 923848734867234678234629462578961345836453453496876968907869 nossas tão amadas Eleições estão aí, para emporcalhar toda a cidade com milhares de cartazes que arranjam os mais inusitados lugares para se enfiarem! E junto com elas o nosso - também amado - Horário Político! Onde, debaixo da enxurrada de papéis estampados com as caras e bocas dos candidatos a futuros ganhadores de dinheiro espalhados pelas pontes, viadutos, pendurados em passarelas e todos os postes possíveis, os espertos canditados conseguem invadir - de forma lícita - nossas casas diariamente para alegrar nossas vidas.
Não tenho costume de assistir a esse laugh show, mas pelos pequenos takes que eu pude conferir já deu para observar que - como de costume - tem de tudo! Nomes exóticos? Muitos! Ou você acha que coisas como Ó Clemente é algo que vemos todos os dias por aí? Mas só um nome exótico não é o bastante, a pessoa tem que ser diferente para marcar a sua carinha em meio a multidão de canditados que, diferente de Creed, tem que ser original. Agora, imagine esse nome ligado a um rosto redondo e pardo com uma já ausente cabeleira branca gritando que os católicos tem que se juntar... um forte concorrente, huh? Exatamente! Estamos falando de showmans e showgirls com sua estética altamente produzida e jingles estrategicamente compostos para grudar nos seus ouvidos que deixam qualquer finalista de POPSTARS sejam as meras wannabes que são. Ou você acha que há algo mais agradável do que escutar essa musiquinha em seu ouvido: "...para o jovem e o idosoooooooo é só votar em quatro-cinco-seis-séte-oiitooooooo!!"? E não deixando de lado, obviamente, as frases pré-prontas que são tão, mas tão boas que a maioria dos canditados resolvem usar as mesmas palavras em seus pequeninos segundos de fama e com isso você aprende, mais de nove vezes, que "Voto não tem preço, tem conseqüência!".
No fim das contas, ainda continuo sem saber o que é mais engraçado/trágico: os políticos fazendo mil e uma promessas e vendendo a sua imagem como se participassem de um grande picadeiro - e participam - ou se é o povo que acredita na maior parte deles e dando o seu voto em troca de favores e/ou motivos absurdos. Nunca gostei de discutir opções políticas e nunca fui fã nem um grande entendedor dela, mas, os motivos que estão levando as pessoas a entregarem os seus votos estão pra lá de hilários. Por exemplo? "Eu vou votar no Medina porque sempre vai ter Rock in Rio!", "Eu voto no Ciro, claro! Tadinha da Patrícia Pillar, né?" ou então "No Lula? Eu não! Ele fala errado demais, aliás, que barba é aquela?!". Ter influências de pais, amigos, professores, médicos e imprensa é uma coisa. Ser influenciado por pais, amigos, professores, médicos e imprensa é outra coisa. Se ainda tem gente que vota no Ciro por causa da Patrícia Pilar, não vota no Serra porque ele é feio ou não vota no Lula por causa da barba dele, coitado do Enéas.
E coitado dos brasileiros que enquanto cultivarmos esse tipo de pensamento continuaremos na parte de dentro neste grande picadeiro.
Kinho Dickinson
Não tenho costume de assistir a esse laugh show, mas pelos pequenos takes que eu pude conferir já deu para observar que - como de costume - tem de tudo! Nomes exóticos? Muitos! Ou você acha que coisas como Ó Clemente é algo que vemos todos os dias por aí? Mas só um nome exótico não é o bastante, a pessoa tem que ser diferente para marcar a sua carinha em meio a multidão de canditados que, diferente de Creed, tem que ser original. Agora, imagine esse nome ligado a um rosto redondo e pardo com uma já ausente cabeleira branca gritando que os católicos tem que se juntar... um forte concorrente, huh? Exatamente! Estamos falando de showmans e showgirls com sua estética altamente produzida e jingles estrategicamente compostos para grudar nos seus ouvidos que deixam qualquer finalista de POPSTARS sejam as meras wannabes que são. Ou você acha que há algo mais agradável do que escutar essa musiquinha em seu ouvido: "...para o jovem e o idosoooooooo é só votar em quatro-cinco-seis-séte-oiitooooooo!!"? E não deixando de lado, obviamente, as frases pré-prontas que são tão, mas tão boas que a maioria dos canditados resolvem usar as mesmas palavras em seus pequeninos segundos de fama e com isso você aprende, mais de nove vezes, que "Voto não tem preço, tem conseqüência!".
No fim das contas, ainda continuo sem saber o que é mais engraçado/trágico: os políticos fazendo mil e uma promessas e vendendo a sua imagem como se participassem de um grande picadeiro - e participam - ou se é o povo que acredita na maior parte deles e dando o seu voto em troca de favores e/ou motivos absurdos. Nunca gostei de discutir opções políticas e nunca fui fã nem um grande entendedor dela, mas, os motivos que estão levando as pessoas a entregarem os seus votos estão pra lá de hilários. Por exemplo? "Eu vou votar no Medina porque sempre vai ter Rock in Rio!", "Eu voto no Ciro, claro! Tadinha da Patrícia Pillar, né?" ou então "No Lula? Eu não! Ele fala errado demais, aliás, que barba é aquela?!". Ter influências de pais, amigos, professores, médicos e imprensa é uma coisa. Ser influenciado por pais, amigos, professores, médicos e imprensa é outra coisa. Se ainda tem gente que vota no Ciro por causa da Patrícia Pilar, não vota no Serra porque ele é feio ou não vota no Lula por causa da barba dele, coitado do Enéas.
E coitado dos brasileiros que enquanto cultivarmos esse tipo de pensamento continuaremos na parte de dentro neste grande picadeiro.
Kinho Dickinson
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