Tem dias que a gente não devera sair de casa, eu gostaria de nunca mais ter de sair do meu quarto. Já começamos bem, dormindo tarde e acordando cedo. Até aí tudo normal. Seguimos os 30 minutos seguintes comento totalmente forçado, entre outras coisinhas. Até aí tudo normal. Fui andando pelas ruas desertas e escuras desviando das fezes caninas - que mais parecem bovinas a julgar pelo tamanho - em direção ao ponto de ônibus. Até aí tudo normal. Encontrei pelo caminho o meu fã - um dos - matutino que possui uma estranhíssima mania de não tirar os olhos de cima de mim e quase quebra o pescoço quando passo por ele, sem esquecer, é claro, das coçadinhas esporádicas. Até aí tudo normal. Só que hoje este mesmo fã estava com um amiguinho e isso não é normal, assim como o ônibus que estava antipaticamente com os bancos molhados, o que me fez arranjar com muita dificuldade uma folha de papel para poder dar uma rápida faxina e tentar tornar o que seria o suporte da minha bunda por alguns minutos um pouco mais aconchegante e seco. E não é que consegui mais do que esperava? A folha branca ficou preta e isso também não é normal. Mas as coisas não estavam indo tão mal já que dentre todos os fatos do dia somente três "anormalidades". Não estavam!
"PÁÁ! FFFFSSSSSSSSS!
Exatamente: o pneu do ônibus furou in the middle of nowhere. E se levasse em conta a balbúrdia que o povo do ônibus - que a essa altura do trajeto já estava cuspindo gente pelas portas - estava fazendo eu provavelmente eu entraria em pânico pensando que o Bin Laden estava seqüestrando o mesmo para destruir a Estátua da Liberdade(?) do NYCC. Infelizmente Bin não deu as caras e parei, como dito, no meio do nada com um gordo do lado do meu banco que estava no mundo da Lua e a julgar por sua cara de lesado, ou estava pensando no almoço ou se recusava a acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Ambas opções? Não importa! O que importa é que o adiposo ficou ali sentado e eu fui obrigado a dar "sinais" para demostrar a minha vontade de sair do ônibus - e de perto dele - o mais rápido possível. Agora respondam-me: para que eu fui sair do bus?! Exato! Para ficar olhando os ônibus da companhia passando absurdamente lotados na nossa frente sem condições de parar ou então os motoristas dos Frescões fazendo sinal de "assim ó!" no melhor estilo auditório do Sílvio Santos. Só que tinha um problema: eu NÃO poderia chegar atrasado hoje, logo, lá vou eu forçar uma entrada nos ônibus absurdamente lotados que paravam. Depois de algumas tentativas sem sucesso consegui entrar em um deles deixando a grande maioria dos caroneiros na pista a espera da sua vez e quando o ônibus saiu eu fui perceber o que eu tinha feito.
Humanos para todos os lados e desta vez tão pertos que eu já não sabia se o pé que eu estava sentindo era o meu ou o do "vizinho". Mas continuei tentando me ajeitar naquela multidão receptivamente desagradável e minutos depois eu estava no meio do corredor com cada uma das mãos segurando no suporte correspondente. Estava ali, com os braços esticados, no meio daquela gente como se estivesse sendo cruscificado - e estava! - em praça pública. Nada poderia ser pior. Tem certeza? De repente minhas costas começam a coçar. "Por que eu nunca me matriculei em um curso de contorcionismo?", pensei. E lá vou eu tentar chegar com minhas mãos em minhas costas! No trajeto esbarrei em braços e rostos alheios, mas e daí? Não gostou vá de taxi! Não é assim que dizem? Somente eu posso reclamar pois não era para eu estar ali. E só o sei o quanto eu gostaria de NÃO estar ali tentando me concentrar em minhas comparações de altura e cores para me distrair. Mas, além de me sentir A vela, confesso que o rapazinho e a mocinha simpáticos que seguraram a minha bolchila abóbora comlurb, respectivamente, colaboraram com uma diminuição da minha penitência. Thanks.
E eis que chego ao meu destino na hora de fazer o que eu tinha que fazer e mal estava acreditando que estava sendo tão simples. Estava. Só que o resultado não foi sequer satisfatório e eu fiquei realmente mal por isso. Para muitos pode ser uma bobagem só que para mim não é pois mexe com uma série de coisas que acabam se interligando formando um sistema complexo demais - até mesmo para mim - e ficam martelando em minha cabeça por horas... dias! Não gosto de não ter controle sobre as coisas ou me sentir um pouquinho invulnerável mesmo que por 2 minutos e acima de tudo, para qualquer perfeccionista, pecar por besteiras e ficar ligeiramente marcado por isso é inaceitável. Tudo até então eu aceitaria tranquilo mas esse tipo de coisa não deu para engolir e fez com que todas as minhas outras atividades do dia fossem cumpridas porcamente pelo estímulo perdido nesta que eu não vou conseguir levantar numa nova oportunidade, aliás, o problema é uma terceira oportunidade que eu também não quero cogitar. E muito obrigado Hallenka e Carlinha pela "preocupação" e pelas palavras tão fofas que infelizmente são captadas por minha mente como clichês - tirando a parte verídica dos sanguessugas/ratasanas - mas vamos esquecer esse assunto, caso contrário os poucos leitores dessa bagaça vão achar que algo tenebroso aconteceu e não aconteceu nada demai. Estou bem, aliás, eu sempre estou bem e vocês deveriam saber disso. E mudando de assunto, é agora que eu vou virar - ainda mais - o centro das atenções na rodinha das pessoas que adoram comentar da minha vida já que me matriculei na Dora, onde eu deveria ter entrado a anos. Apropósito, é hilário eu tentando ser simpático quando eu não estou com vontade de ser. Dói.
E depois desse dia aborrecente que deveria ser apagado decidi me entregar ao vício para tentar me alegrar um pouco. Grande erro! As Tortinhas do pacote estavam todas esfareladas, o que só fez aumentar o meu aborrecimento. E continuo não querendo papo pois a taxa de presença/contato humano já foi mais do que ultrapassada no dia de hoje. :oP
Kinho Dickinson
Exatamente: o pneu do ônibus furou in the middle of nowhere. E se levasse em conta a balbúrdia que o povo do ônibus - que a essa altura do trajeto já estava cuspindo gente pelas portas - estava fazendo eu provavelmente eu entraria em pânico pensando que o Bin Laden estava seqüestrando o mesmo para destruir a Estátua da Liberdade(?) do NYCC. Infelizmente Bin não deu as caras e parei, como dito, no meio do nada com um gordo do lado do meu banco que estava no mundo da Lua e a julgar por sua cara de lesado, ou estava pensando no almoço ou se recusava a acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Ambas opções? Não importa! O que importa é que o adiposo ficou ali sentado e eu fui obrigado a dar "sinais" para demostrar a minha vontade de sair do ônibus - e de perto dele - o mais rápido possível. Agora respondam-me: para que eu fui sair do bus?! Exato! Para ficar olhando os ônibus da companhia passando absurdamente lotados na nossa frente sem condições de parar ou então os motoristas dos Frescões fazendo sinal de "assim ó!" no melhor estilo auditório do Sílvio Santos. Só que tinha um problema: eu NÃO poderia chegar atrasado hoje, logo, lá vou eu forçar uma entrada nos ônibus absurdamente lotados que paravam. Depois de algumas tentativas sem sucesso consegui entrar em um deles deixando a grande maioria dos caroneiros na pista a espera da sua vez e quando o ônibus saiu eu fui perceber o que eu tinha feito.
Humanos para todos os lados e desta vez tão pertos que eu já não sabia se o pé que eu estava sentindo era o meu ou o do "vizinho". Mas continuei tentando me ajeitar naquela multidão receptivamente desagradável e minutos depois eu estava no meio do corredor com cada uma das mãos segurando no suporte correspondente. Estava ali, com os braços esticados, no meio daquela gente como se estivesse sendo cruscificado - e estava! - em praça pública. Nada poderia ser pior. Tem certeza? De repente minhas costas começam a coçar. "Por que eu nunca me matriculei em um curso de contorcionismo?", pensei. E lá vou eu tentar chegar com minhas mãos em minhas costas! No trajeto esbarrei em braços e rostos alheios, mas e daí? Não gostou vá de taxi! Não é assim que dizem? Somente eu posso reclamar pois não era para eu estar ali. E só o sei o quanto eu gostaria de NÃO estar ali tentando me concentrar em minhas comparações de altura e cores para me distrair. Mas, além de me sentir A vela, confesso que o rapazinho e a mocinha simpáticos que seguraram a minha bolchila abóbora comlurb, respectivamente, colaboraram com uma diminuição da minha penitência. Thanks.
E eis que chego ao meu destino na hora de fazer o que eu tinha que fazer e mal estava acreditando que estava sendo tão simples. Estava. Só que o resultado não foi sequer satisfatório e eu fiquei realmente mal por isso. Para muitos pode ser uma bobagem só que para mim não é pois mexe com uma série de coisas que acabam se interligando formando um sistema complexo demais - até mesmo para mim - e ficam martelando em minha cabeça por horas... dias! Não gosto de não ter controle sobre as coisas ou me sentir um pouquinho invulnerável mesmo que por 2 minutos e acima de tudo, para qualquer perfeccionista, pecar por besteiras e ficar ligeiramente marcado por isso é inaceitável. Tudo até então eu aceitaria tranquilo mas esse tipo de coisa não deu para engolir e fez com que todas as minhas outras atividades do dia fossem cumpridas porcamente pelo estímulo perdido nesta que eu não vou conseguir levantar numa nova oportunidade, aliás, o problema é uma terceira oportunidade que eu também não quero cogitar. E muito obrigado Hallenka e Carlinha pela "preocupação" e pelas palavras tão fofas que infelizmente são captadas por minha mente como clichês - tirando a parte verídica dos sanguessugas/ratasanas - mas vamos esquecer esse assunto, caso contrário os poucos leitores dessa bagaça vão achar que algo tenebroso aconteceu e não aconteceu nada demai. Estou bem, aliás, eu sempre estou bem e vocês deveriam saber disso. E mudando de assunto, é agora que eu vou virar - ainda mais - o centro das atenções na rodinha das pessoas que adoram comentar da minha vida já que me matriculei na Dora, onde eu deveria ter entrado a anos. Apropósito, é hilário eu tentando ser simpático quando eu não estou com vontade de ser. Dói.
E depois desse dia aborrecente que deveria ser apagado decidi me entregar ao vício para tentar me alegrar um pouco. Grande erro! As Tortinhas do pacote estavam todas esfareladas, o que só fez aumentar o meu aborrecimento. E continuo não querendo papo pois a taxa de presença/contato humano já foi mais do que ultrapassada no dia de hoje. :oP
Kinho Dickinson
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