sKiNdÔ sKiNdÔ...
E chegou o Carnaval !
Não que eu seja lerdo, até porque eu já havia visto a Kelly Key anunciando o uso da camisinha a algum tempo atrás como se as pessoas só transassem nesta época do ano, mas somente ontem caiu a ficha de que o Carnaval havia chegado e que, consequentemente, o Brasil iria começar a não funcionar naturalmente daqui a alguns dias.
Não, eu não pretendo abrir aqui um parêntese acerca da grande inutilidade das campanhas do Ministério da Saúde porque isso aqui não é nenhuma tarjinha de utilidade pública, mas se eles acham que fazendo campanhazinhas idiotas durante duas semaninhas que sejam vão conquistar alguma coisa eu sinto muito informar mas o Brasil não é somente composto por pessoas do signo de escorpião .
Nunca fui um grande intusiasta de manifestações populares, mas como qualquer integrante de Estados que tem o Carnaval como símbolo festivo, nada mais natural do que crescer próximo as batucadas, blocos e o bom(?) e velho carnaval de rua. Lembro de quando eu era criança e ía para rua correr atrás dos máscarados-pé-de-pato-comedores-de-carrapatos-se-forem-homens-venham-aqui-se-forem-bichas-fiquem-ai - que por sua vez corriam atrás da gente para nos surrarem com suas bexigas de borracha dura - de sandalinhas e roupas leves ou ainda fantasiado de alguma coisa que eu poderia até não saber o que era direito, mas estava lá todo proza com o meu algodão doce na mão ou qualquer coisa relativa. Infância, curtição, comida, prêmios para quem pulasse ou estivesse mais animado e como eu não tinha pais semelhantes aos de uma antiga vizinha que temiam só de ouvir a palavra festa da carne , nenhum contexto religioso era impregnado nestes dias em que somente a chuva poderia atrapalhar mesmo que não atrapalhasse.
Não que crianças são otimistas, afinal, eu com a minha Síndrome do Peter Pan sou a prova viva de que tudo tem seu lado ruim mesmo visto de um bom ângulo, mas quando você olha para o passado você geralmente deleta as coisas ruins, já percebeu? Ao contrário do agora, por exemplo. E o que restou disso tudo? Hipocrisia . Somente ela.
Mulheres ganham a sua tão sonhada liberdade sexual, homossexuais enrustidos saem e fazem coisas que eles gostariam de fazer durante o ano inteiro, pessoas fazendo o que elas não tem coragem de fazer nos considerados "dias comuns" e vivendo esses quatro dias sem discriminações e sem a ética criada não se sabe bem porque para explicar não se sabe o que mas que você segue sem questionar pelo simples fato de que todos a sua volta também estão seguindo. Se é certo ou errado ninguém sabe, mas alguém recrimina? Não. Estamos na festa da carne e agora tudo é possível mesmo que na quarta-feira tudo vire cinzas e as mesmas pessoas que a alguns dias atrás estavam pintando a casa de verde agora estão correndo contra o tempo para jogar o azul por cima para não serem alvo das mesmas agressões de uma sociedade estúpida e, como dito, extremamente hipócrita que fecha os seus olhos durante quatro dias de um ano onde os seus olhos ficam semi abertos deixando espaço para as pessoas fazerem por debaixo dos panos o que todos sabem que elas fazem mas fingem que não fazem.
Mesmo com todo esse efeito colateral nojento, o carnaval tem essa conotação de mudança e talvez por isso ganhe essas proporções tão fortes e essa mistura de amor e ódio. Não estamos falando do turismo sexual, não estamos falando da elevação dos assaltos e tão pouco dessa mistura desordenada, dessa promiscuidade latente nesta época do ano, estamos falando da simplicidade de aceitar durante todos os dias do ano coisas que deveriam ser encaradas como normais assim como agora. Mas apesar de tudo isso os convites aparecem, a gente sai e, por incrivel que pareça, se diverte.
Sexta-feira. A história começou um pouquinho mais cedo, afinal, Kinho não tem muita vocação para Havaiano então ele teve que ir à caça de algumas roupas felizes e alegres que funcionam perfeitamente como ponto de encontro para não ficar de fora da grande animação do Baile do Hawai no qual ele se dirigia, não é mesmo? Não registrei a idéia logo de cara, porém, após saber quem iria no tal lugar arrumei um grande dilema que pode ser altamente plagiado como "Com que roupa eu vou pro samba que você me convidou?"
Eu até poderia ir com alguma roupa minha, o que era o mais coerente a se fazer de acordo com as coisas que eu escrevo, mas eu sou contraditório e além do que não estava com ânimo de ser O diferente do local. É carnaval, é normal ser hipócrita e é até gostoso por mais que perdesse a oportunidade de dar respostas irônicas dizendo que estava ali daquela forma em luto ao meu amigo surfista que morreu em um acidente dançando "Ula-Ula" , então resolvi dar um pulo na casa do Reizinho, que é a autoridade máxima no que tange Bermudas Floridas, e logo em seguida descolar o restante necessário para a conclusão da minha vestimenta(?).
Tudo pronto. E lá vou eu totalmente manufaturado com uma camisa amarela, uma bermuda florida e uma sandalinha no melhor estilo Jesus Cristo fazendo com que todos me olhassem como se eu fosse um marciano trajando roupas típicas de Saturno ou ainda o Power Ranger que morfou diante dos olhares das pessoas comuns. Me senti estranho com aquela roupa, com o cabelo penteado e todo o resto. Não estamos falando de estar feio ou mais feio, só estava diferente... e isso é o suficiente para eu me sentir estranho e ser o centro dos comentários.
Um corredor. Coisinhas coloridas. Confetes e serpentinas. Tudo estrategicamente montado para recepcionar pessoas felizes e contentes. Provavelmente eles não estavam contando com a minha presença, mas eu fui entrando naquilo enquanto mulheres e homens vestidos a carater colocavam aqueles colares produzidos porcamente com flores de plástico em nossos pescoços fazendo eu me sentir na Ilha da Sedução com um grande diferencial monetário. Estava oficialmente lá dentro e sendo assim vamos aproveitar, huh?
Pessoas conhecidas, pessoas novas e interessantes e comunicativas e... hmmm... interessantes?... bandinha ao vivo altamente eclética e a bateria da Mocidade que tocava sambas de outras escolas na maior cara de pau e espírito esportivo(?). Menos mal, afinal, eu já disse que não vou com a cara da Mocidade? Nada tão forte quanto a Beija-Flor e isso não tem absolutamente nada a ver com o fato de eu gostar da Imperatriz Leopoldinense por mais que os outros falem que ela é uma escola fria, seca, sem emoção, ok? E sem piadinhas e comparações, por favor.
Voltando... o baile em si foi bem legal, pena que eu não me lembre de muita coisa e eu também não vou ficar fazendo grandes comentários já que é um baile pré-carnavalesco como outro qualquer e além de eu ser um Sansão pós-moderno sem criatividade, vocês já sabem que tem coisas que nem todo mundo precisa ficar sabendo, não é mesmo?
Considerações? Vamos a elas:
* Conhecidos um tanto quanto afeminados tem grandes possibilidades de virarem Drag e baterem com a bolsinha nas suas costas para te chamar no meio do baile para te dar tchau quase enfiando as unhas postiças nos seus olhos;
* Se a sua bunda serve como uma espécie de imã para mãos humanas, não ande no meio da multidão, muito menos naqueles trenzinhos que atravessam o meio do salão;
* Se você ama o seu colarzinho havaiano e quer levá-lo de recordação, sem nenhum arranhão, para casa não ande nesses mesmos trenzinhos que atravessam o meio do salão;
* Não tente roubar asinhas das costas de humanos idiotas e adiposos que sismam em se fantasiar de anjo, isso pode ser prejudicial a sua saúde;
* E pessoas que falam no seu ouvido quase te beijando merecem ser bem recepcionadas, principalmente se for A pessoa e melhor ainda se falar no ouvido não é o objetivo principal;
E eu começo a acreditar que o final da festa é a melhor parte. Banho de espuma ao som de Ragatanga e Eguinha Pocotoh! Não, essa não é a melhor parte, não em sã consciência, mas como eu estava com o senso do ridículo um tanto quanto abaixo de zero mesmo sendo no final - entenda-se que todos deveriam estar "legais" - é obóveo que eu entrei debaixo daquele ventilador gigante que jorrava aquela espuma de proveniência duvidosa no meio de um bando de gente que se esfregava freneticamente no melhor estilo "Os Embalos de Sábado a Noite" . Eu já disse que me odeio quando eu faço coisas que naturalmente eu não faria mas que acabam se tornando automáticas por um motivo ou outro? E eu consigo abaixar o nível ao subsolo me superando e dançando "Vai Lacraia... Vai Lacraia..." no meio da espuma. Uau. Mas olhe pelo lado bom, você pode dançar um pouco mais afastado e quando conseguir tirar toda espuma do seu corpo aparecer A pessoa e te abraçar só pra te sujar todo de espuma de novo. Não vou tentar desenvolver ou não interpretações sobre segundas intenções nisso, mas finje que eu não comecei a me limpar toda hora, ok? :o)
E depois você volta pra casa, andando pela rua, com o corpo todo doído, com o cabelo ensebado e um tanto detonado por causa da espuma, com a roupa que não é sua toda ensopada, mas você está legal, ou então tenta ficar. Você dorme, mas seu cérebro não colabora e você acorda cedo com pessoas batendo na porta do seu quarto, estrategicamente trancado para ninguém te acordar, indicando que o maldito carnaval ainda não acabou. Acho que a placa Proibido Humanos na minha porta não está fazendo o mesmo efeito de antes, mas você se levanta decidido terminantemente a ficar em casa e não fazer idiotices, mas acaba saindo a esmo às 9 horas da noite depois de emprestar peças de roupas suas e acaba sabendo, depois de muito andar e descobrir que virou o comentário da semana só porque você colocou um conjunto de roupas que não lhe pertenciam, que você vai passar o sábado de carnaval na praia. Oooohhhh... não é o máximo?
E lá vamos nós dentro daquele ônibus lotado de gente com música(?) ambiente. Câmara de tortura, eu diria. Ninguém merece pagode, ninguém... e isso vale para versão pagode de "Se..." . E se com roupas emprestadas você se vira centro das atenções, o que dizer de se vestir com suas próprias roupas e se apresentar com o "não-penteado" costumeiro e ser encarado por pagodeiros mal-encarados dentro de um ônibus cheio deles só porque você estava fazendo caras e bocas e destilando comentários altamente verídicos mas que se tornam muito agressivos aos ouvidos alheios? Pffff... não é porque você come merda que eu tenho que falar que merda é bom só para te agradar, huh?
Chegamos e eu vou dizer que não foi tão legal como sexta-feira, viu? Primeiro que eu não gosto de pseudo-bêbados, segundo que eu também não gosto de pessoas que bebem com o intuito de ficarem "soltas" e com isso provar para o grupo que podem ser tão divertidos, comunicativos e "gastões" como as outras pessoas que são insuportavelmente dessa forma de um jeito natural e terceiro que por mais que eu me misture com pessoas abaixo da minha faixa etária e pense como elas, tem coisas que não entram facilmente na minha cabeça, como por exemplo, fazer coisas pelo simples fato de outras pessoas imporem isso, direta ou indiretamente, mas eu não vou filosofar a respeito.
Primeiro pensamento da noite: "E eu deveria ter ficado em casa." Baixo astral alheio e conversa a três lembrando do passado não é algo muito divertido, maaaaas, quando tudo está perdido sempre existe sorvete! E vinho, claro. Tá, não mudou muita coisa depois que tudo isso acabou, as musiquinhas não estavam colaborando, não tinha um palco descente e a tendeeeenha rock - é por isso que eu gosto de carnaval hahaha - estava altamente mal frequentada e com coisinhas legais altamente caras, mas o final novamente ajudou muuuuuito, afinal, eu encontrei os pseudos-bêbados e fiz questão de ligar Kat Mode e pôr em prática a estratégia estraga-festa para mostrar como é divertido bancar o escrotinho infantil e mal humorado. "O que ele tem?" "Nah... deve ter voltado ao normal, eu não dise?"
Destaques? Course. Principalmente para o final que conseguiu salvar a noite, definitivamente.Troféu joinha para a grande, surreal, irônica e trocadílhica conversa com o Reizinho que estava pra lá de Bagdá. E no meio da conversa desisto completamente de ir embora e o que acontece? Sou LITERALMENTE arrastado e vamos dizer que isso não é legal, afinal, Dane, que é praticamente um jogador da NBA, me fazendo de fantoche e Kinho parecendo aqueles bonekinhos de carnaval que voam de um lado para o outro sendo arrastado entre seres humanos não receptivos não é muito discreto e amigável. E todos olham para a minha cara como se eu estivesse em coma alcoólico, não que eu estivesse com cara de drogado e/ou bêbado, não totalmente, mas os gritos de "SAIAM! SAIAM! ELE ESTÁ PASSANDO MAL!!!" ajudaram bastante e eu, muito lúcido sendo chacoalhado para cima dos outros, ao invés de tentar me disvencilhar eu começo ter um ataque de risos e mau conseguia me mexer, quando conseguia saia correndo no meio da mesma multidão rindo e tropeçando em pés mesmo sem cair quando era novamente capturado como se eu fosse um hamster fujão... disgusting. E dessa vez eu não posso nem falar que eu só faço merda porque desta vez não fiz NADA, pelo contrário. E eu nem vou comentar sobre o momento bola de basquete quando me usaram para dar susto nas pessoas que passavam me jogando em cima delas mas me puxando para trás antes que eu encostasse em alguém e das cenas performáticas dentro da Kombi que estava sintonizada com uma estação de rádio altamente carnavalesca. Acho que eu não dou mais medo nas pessoas, huh? :)
E você pensa que acabou aí? Deveria. Mas sempre que eu volto sozinho pra casa, acontece alguma coisa estranha e em época de Comando Vermelho tentando invadir os domínios do Terceiro Comando em toda e qualquer localidade do RJ eis que eu vejo um homem escondido atrás de um muro lá, mas como eu sou super "personagem-de-filme-de-terror-adolescente-que-não-volta-diante-de-um-possível-perigo" , continuo andando e ganho um sorriso desdentado. Pfffff...
Agora com licença que eu vou ali descobrir onde é que eu vou pagar mico hoje, ok?
"Just Like Heaven" - The Cure
Kinho Dickinson
P.S.: O blogger resolveu não aceitar os meus acentos e isso dificulta muito na hora de postar, principalmente quando não se tem paciência para gastar and I´ve a gennie on my shoulder. Rá. E quem souber como essa coisa apareceu no meu corpo avise, ok?
E chegou o Carnaval !
Não que eu seja lerdo, até porque eu já havia visto a Kelly Key anunciando o uso da camisinha a algum tempo atrás como se as pessoas só transassem nesta época do ano, mas somente ontem caiu a ficha de que o Carnaval havia chegado e que, consequentemente, o Brasil iria começar a não funcionar naturalmente daqui a alguns dias.
Não, eu não pretendo abrir aqui um parêntese acerca da grande inutilidade das campanhas do Ministério da Saúde porque isso aqui não é nenhuma tarjinha de utilidade pública, mas se eles acham que fazendo campanhazinhas idiotas durante duas semaninhas que sejam vão conquistar alguma coisa eu sinto muito informar mas o Brasil não é somente composto por pessoas do signo de escorpião .
Nunca fui um grande intusiasta de manifestações populares, mas como qualquer integrante de Estados que tem o Carnaval como símbolo festivo, nada mais natural do que crescer próximo as batucadas, blocos e o bom(?) e velho carnaval de rua. Lembro de quando eu era criança e ía para rua correr atrás dos máscarados-pé-de-pato-comedores-de-carrapatos-se-forem-homens-venham-aqui-se-forem-bichas-fiquem-ai - que por sua vez corriam atrás da gente para nos surrarem com suas bexigas de borracha dura - de sandalinhas e roupas leves ou ainda fantasiado de alguma coisa que eu poderia até não saber o que era direito, mas estava lá todo proza com o meu algodão doce na mão ou qualquer coisa relativa. Infância, curtição, comida, prêmios para quem pulasse ou estivesse mais animado e como eu não tinha pais semelhantes aos de uma antiga vizinha que temiam só de ouvir a palavra festa da carne , nenhum contexto religioso era impregnado nestes dias em que somente a chuva poderia atrapalhar mesmo que não atrapalhasse.
Não que crianças são otimistas, afinal, eu com a minha Síndrome do Peter Pan sou a prova viva de que tudo tem seu lado ruim mesmo visto de um bom ângulo, mas quando você olha para o passado você geralmente deleta as coisas ruins, já percebeu? Ao contrário do agora, por exemplo. E o que restou disso tudo? Hipocrisia . Somente ela.
Mulheres ganham a sua tão sonhada liberdade sexual, homossexuais enrustidos saem e fazem coisas que eles gostariam de fazer durante o ano inteiro, pessoas fazendo o que elas não tem coragem de fazer nos considerados "dias comuns" e vivendo esses quatro dias sem discriminações e sem a ética criada não se sabe bem porque para explicar não se sabe o que mas que você segue sem questionar pelo simples fato de que todos a sua volta também estão seguindo. Se é certo ou errado ninguém sabe, mas alguém recrimina? Não. Estamos na festa da carne e agora tudo é possível mesmo que na quarta-feira tudo vire cinzas e as mesmas pessoas que a alguns dias atrás estavam pintando a casa de verde agora estão correndo contra o tempo para jogar o azul por cima para não serem alvo das mesmas agressões de uma sociedade estúpida e, como dito, extremamente hipócrita que fecha os seus olhos durante quatro dias de um ano onde os seus olhos ficam semi abertos deixando espaço para as pessoas fazerem por debaixo dos panos o que todos sabem que elas fazem mas fingem que não fazem.
Mesmo com todo esse efeito colateral nojento, o carnaval tem essa conotação de mudança e talvez por isso ganhe essas proporções tão fortes e essa mistura de amor e ódio. Não estamos falando do turismo sexual, não estamos falando da elevação dos assaltos e tão pouco dessa mistura desordenada, dessa promiscuidade latente nesta época do ano, estamos falando da simplicidade de aceitar durante todos os dias do ano coisas que deveriam ser encaradas como normais assim como agora. Mas apesar de tudo isso os convites aparecem, a gente sai e, por incrivel que pareça, se diverte.
Sexta-feira. A história começou um pouquinho mais cedo, afinal, Kinho não tem muita vocação para Havaiano então ele teve que ir à caça de algumas roupas felizes e alegres que funcionam perfeitamente como ponto de encontro para não ficar de fora da grande animação do Baile do Hawai no qual ele se dirigia, não é mesmo? Não registrei a idéia logo de cara, porém, após saber quem iria no tal lugar arrumei um grande dilema que pode ser altamente plagiado como "Com que roupa eu vou pro samba que você me convidou?"
Eu até poderia ir com alguma roupa minha, o que era o mais coerente a se fazer de acordo com as coisas que eu escrevo, mas eu sou contraditório e além do que não estava com ânimo de ser O diferente do local. É carnaval, é normal ser hipócrita e é até gostoso por mais que perdesse a oportunidade de dar respostas irônicas dizendo que estava ali daquela forma em luto ao meu amigo surfista que morreu em um acidente dançando "Ula-Ula" , então resolvi dar um pulo na casa do Reizinho, que é a autoridade máxima no que tange Bermudas Floridas, e logo em seguida descolar o restante necessário para a conclusão da minha vestimenta(?).
Tudo pronto. E lá vou eu totalmente manufaturado com uma camisa amarela, uma bermuda florida e uma sandalinha no melhor estilo Jesus Cristo fazendo com que todos me olhassem como se eu fosse um marciano trajando roupas típicas de Saturno ou ainda o Power Ranger que morfou diante dos olhares das pessoas comuns. Me senti estranho com aquela roupa, com o cabelo penteado e todo o resto. Não estamos falando de estar feio ou mais feio, só estava diferente... e isso é o suficiente para eu me sentir estranho e ser o centro dos comentários.
Um corredor. Coisinhas coloridas. Confetes e serpentinas. Tudo estrategicamente montado para recepcionar pessoas felizes e contentes. Provavelmente eles não estavam contando com a minha presença, mas eu fui entrando naquilo enquanto mulheres e homens vestidos a carater colocavam aqueles colares produzidos porcamente com flores de plástico em nossos pescoços fazendo eu me sentir na Ilha da Sedução com um grande diferencial monetário. Estava oficialmente lá dentro e sendo assim vamos aproveitar, huh?
Pessoas conhecidas, pessoas novas e interessantes e comunicativas e... hmmm... interessantes?... bandinha ao vivo altamente eclética e a bateria da Mocidade que tocava sambas de outras escolas na maior cara de pau e espírito esportivo(?). Menos mal, afinal, eu já disse que não vou com a cara da Mocidade? Nada tão forte quanto a Beija-Flor e isso não tem absolutamente nada a ver com o fato de eu gostar da Imperatriz Leopoldinense por mais que os outros falem que ela é uma escola fria, seca, sem emoção, ok? E sem piadinhas e comparações, por favor.
Voltando... o baile em si foi bem legal, pena que eu não me lembre de muita coisa e eu também não vou ficar fazendo grandes comentários já que é um baile pré-carnavalesco como outro qualquer e além de eu ser um Sansão pós-moderno sem criatividade, vocês já sabem que tem coisas que nem todo mundo precisa ficar sabendo, não é mesmo?
Considerações? Vamos a elas:
* Conhecidos um tanto quanto afeminados tem grandes possibilidades de virarem Drag e baterem com a bolsinha nas suas costas para te chamar no meio do baile para te dar tchau quase enfiando as unhas postiças nos seus olhos;
* Se a sua bunda serve como uma espécie de imã para mãos humanas, não ande no meio da multidão, muito menos naqueles trenzinhos que atravessam o meio do salão;
* Se você ama o seu colarzinho havaiano e quer levá-lo de recordação, sem nenhum arranhão, para casa não ande nesses mesmos trenzinhos que atravessam o meio do salão;
* Não tente roubar asinhas das costas de humanos idiotas e adiposos que sismam em se fantasiar de anjo, isso pode ser prejudicial a sua saúde;
* E pessoas que falam no seu ouvido quase te beijando merecem ser bem recepcionadas, principalmente se for A pessoa e melhor ainda se falar no ouvido não é o objetivo principal;
E eu começo a acreditar que o final da festa é a melhor parte. Banho de espuma ao som de Ragatanga e Eguinha Pocotoh! Não, essa não é a melhor parte, não em sã consciência, mas como eu estava com o senso do ridículo um tanto quanto abaixo de zero mesmo sendo no final - entenda-se que todos deveriam estar "legais" - é obóveo que eu entrei debaixo daquele ventilador gigante que jorrava aquela espuma de proveniência duvidosa no meio de um bando de gente que se esfregava freneticamente no melhor estilo "Os Embalos de Sábado a Noite" . Eu já disse que me odeio quando eu faço coisas que naturalmente eu não faria mas que acabam se tornando automáticas por um motivo ou outro? E eu consigo abaixar o nível ao subsolo me superando e dançando "Vai Lacraia... Vai Lacraia..." no meio da espuma. Uau. Mas olhe pelo lado bom, você pode dançar um pouco mais afastado e quando conseguir tirar toda espuma do seu corpo aparecer A pessoa e te abraçar só pra te sujar todo de espuma de novo. Não vou tentar desenvolver ou não interpretações sobre segundas intenções nisso, mas finje que eu não comecei a me limpar toda hora, ok? :o)
E depois você volta pra casa, andando pela rua, com o corpo todo doído, com o cabelo ensebado e um tanto detonado por causa da espuma, com a roupa que não é sua toda ensopada, mas você está legal, ou então tenta ficar. Você dorme, mas seu cérebro não colabora e você acorda cedo com pessoas batendo na porta do seu quarto, estrategicamente trancado para ninguém te acordar, indicando que o maldito carnaval ainda não acabou. Acho que a placa Proibido Humanos na minha porta não está fazendo o mesmo efeito de antes, mas você se levanta decidido terminantemente a ficar em casa e não fazer idiotices, mas acaba saindo a esmo às 9 horas da noite depois de emprestar peças de roupas suas e acaba sabendo, depois de muito andar e descobrir que virou o comentário da semana só porque você colocou um conjunto de roupas que não lhe pertenciam, que você vai passar o sábado de carnaval na praia. Oooohhhh... não é o máximo?
E lá vamos nós dentro daquele ônibus lotado de gente com música(?) ambiente. Câmara de tortura, eu diria. Ninguém merece pagode, ninguém... e isso vale para versão pagode de "Se..." . E se com roupas emprestadas você se vira centro das atenções, o que dizer de se vestir com suas próprias roupas e se apresentar com o "não-penteado" costumeiro e ser encarado por pagodeiros mal-encarados dentro de um ônibus cheio deles só porque você estava fazendo caras e bocas e destilando comentários altamente verídicos mas que se tornam muito agressivos aos ouvidos alheios? Pffff... não é porque você come merda que eu tenho que falar que merda é bom só para te agradar, huh?
Chegamos e eu vou dizer que não foi tão legal como sexta-feira, viu? Primeiro que eu não gosto de pseudo-bêbados, segundo que eu também não gosto de pessoas que bebem com o intuito de ficarem "soltas" e com isso provar para o grupo que podem ser tão divertidos, comunicativos e "gastões" como as outras pessoas que são insuportavelmente dessa forma de um jeito natural e terceiro que por mais que eu me misture com pessoas abaixo da minha faixa etária e pense como elas, tem coisas que não entram facilmente na minha cabeça, como por exemplo, fazer coisas pelo simples fato de outras pessoas imporem isso, direta ou indiretamente, mas eu não vou filosofar a respeito.
Primeiro pensamento da noite: "E eu deveria ter ficado em casa." Baixo astral alheio e conversa a três lembrando do passado não é algo muito divertido, maaaaas, quando tudo está perdido sempre existe sorvete! E vinho, claro. Tá, não mudou muita coisa depois que tudo isso acabou, as musiquinhas não estavam colaborando, não tinha um palco descente e a tendeeeenha rock - é por isso que eu gosto de carnaval hahaha - estava altamente mal frequentada e com coisinhas legais altamente caras, mas o final novamente ajudou muuuuuito, afinal, eu encontrei os pseudos-bêbados e fiz questão de ligar Kat Mode e pôr em prática a estratégia estraga-festa para mostrar como é divertido bancar o escrotinho infantil e mal humorado. "O que ele tem?" "Nah... deve ter voltado ao normal, eu não dise?"
Destaques? Course. Principalmente para o final que conseguiu salvar a noite, definitivamente.Troféu joinha para a grande, surreal, irônica e trocadílhica conversa com o Reizinho que estava pra lá de Bagdá. E no meio da conversa desisto completamente de ir embora e o que acontece? Sou LITERALMENTE arrastado e vamos dizer que isso não é legal, afinal, Dane, que é praticamente um jogador da NBA, me fazendo de fantoche e Kinho parecendo aqueles bonekinhos de carnaval que voam de um lado para o outro sendo arrastado entre seres humanos não receptivos não é muito discreto e amigável. E todos olham para a minha cara como se eu estivesse em coma alcoólico, não que eu estivesse com cara de drogado e/ou bêbado, não totalmente, mas os gritos de "SAIAM! SAIAM! ELE ESTÁ PASSANDO MAL!!!" ajudaram bastante e eu, muito lúcido sendo chacoalhado para cima dos outros, ao invés de tentar me disvencilhar eu começo ter um ataque de risos e mau conseguia me mexer, quando conseguia saia correndo no meio da mesma multidão rindo e tropeçando em pés mesmo sem cair quando era novamente capturado como se eu fosse um hamster fujão... disgusting. E dessa vez eu não posso nem falar que eu só faço merda porque desta vez não fiz NADA, pelo contrário. E eu nem vou comentar sobre o momento bola de basquete quando me usaram para dar susto nas pessoas que passavam me jogando em cima delas mas me puxando para trás antes que eu encostasse em alguém e das cenas performáticas dentro da Kombi que estava sintonizada com uma estação de rádio altamente carnavalesca. Acho que eu não dou mais medo nas pessoas, huh? :)
E você pensa que acabou aí? Deveria. Mas sempre que eu volto sozinho pra casa, acontece alguma coisa estranha e em época de Comando Vermelho tentando invadir os domínios do Terceiro Comando em toda e qualquer localidade do RJ eis que eu vejo um homem escondido atrás de um muro lá, mas como eu sou super "personagem-de-filme-de-terror-adolescente-que-não-volta-diante-de-um-possível-perigo" , continuo andando e ganho um sorriso desdentado. Pfffff...
Agora com licença que eu vou ali descobrir onde é que eu vou pagar mico hoje, ok?


P.S.: O blogger resolveu não aceitar os meus acentos e isso dificulta muito na hora de postar, principalmente quando não se tem paciência para gastar and I´ve a gennie on my shoulder. Rá. E quem souber como essa coisa apareceu no meu corpo avise, ok?
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