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eu estava bem chateado, agitado... sei lá, mas agora que eu já dormi um pouco ao som de passarinhos e de gabriel yared eu vejo que não tivemos grandes mudanças. manhã perdida, dinheiro perdido. se eu soubesse que eu iria sair de casa para nada, eu aproveitaria a minha noite fazendo idem. peguei uma van porque, sim, eu sou impulsivo e uns 200 metros adiante eu, do nada, mando o motorista parar simplesmente "porque eu queria ir de ônibus" e eu saio da dita cuja sem pagar e fico lá até o ônibus passar. o motorista da van não falou nada, quem falou foi a trocadora-que-sente-minha-falta, que tinha que aparecer para perguntar o porquê de eu estar voltando cedo, "fora do meu horário". as vezes eu tenho a impressão de que ela é uma espécie de enfermeira-do-pokemón, sabe? fui ouvir o meu diskman e como estava um tanto quanto afobado mexendo e pensando diversas coisas por segundo, já viu que eu praticamente dei um show dentro do ônibus, dublando e mexendo o pézinho e batendo as mãos e balançando a cabeça e o que acontece? as pilhas acabam porque, não, eu não me presto a comprar pilhas alcalinas e comprei rayovac, as amarelinhas. para coroar eu ainda vou "tomar um sorvetinho na pracinha" e fazer isso sozinho não é uma coisa boa porque você acaba pensando em várias coisas e acaba indo de encontro com a realidade. chegando em casa eu dormi, mas isso você já ficou sabendo. o que você não ficou sabendo, mesmo que já saiba, é que eu não gosto de acordar cedo, gosto menos ainda de acordar cedo a toa e, principalmente, não gosto de ler coisas que, ao meu ver, são altamente significativas e acabam fazendo com que a minha mente assassina e insegura trabalhe. encanação ou não, acho que isso colaborou bastante para o diagnóstico do dia de hoje.
não sei se já fizeram estudos empíricos provando que a imaginação faz mal à saúde e pode danificar psiques, mas eu ainda acho que é como a história do coelho da páscoa, cheia de interpretações e vazia de reciprocidade. estava conversando com uma menina super fofa, apesar de "paulistinha", e ela fez sua própria versão para a minha história do coelhinho da páscoa, que ficou mais ou menos assim: "você nunca ligou para coelhos, mas um dia aparece o coelhinho da páscoa e por mais que seja gostoso receber chocolate todos os anos, você acaba tendo a leve impressão de que ele está te traindo com uma jornalistazinha de quinta, mas não tem coragem de fazer nada a respeito porque, afinal, ele é o coelhinho da páscoa." já não acho tanta graça disso, é verdade, mas também não pretendo fazer comentários até porque eu já mencionei o fato de que sempre chega a hora que você descobre que o coelhinho não passa de uma mentira estrategicamente montada para te deixar in por um tempo e você entra nisso mesmo que qualquer criança saiba que é muito chato ficar out de uma hora para a outra, logo, você tem que parar de dar valor à coisas que só acontecem na sua imaginação e que nunca vai passar disso. e não me culpe se você não entendeu nada, afinal, por mais que o "nonsense" permita qualquer tipo de interpretação simbólica, tudo isso não é tão aleatório e despropositado quanto parece.