bLoG tImEs_
"You've always been crazy, this is just the first
chance you've had to express yourself."
Eu sinceramente não sei mais o que escrever aqui. Juro que não sei. Nem acho que tenha um porquê específico, sabe? Acho que é a junção de várias coisas, mas eu não vou ficar filosofando sobre isso. Não agora, porque agora falta pouco para que você não tenha mais que aturar as minhas infinitas reclamações - muitas vezes infundadas - e afins. Tudo isso porque, aparentemente, eu sou um metódico inveterado. Além disso, estou completamente, profundamente, terminantemente e vários mentes entediado e um tanto quanto insatisfeito. E você sabe o que acontece quando eu estou assim, não é mesmo? Exatamente: reclamações fúteis e superficiais que tomam uma profundidade inesperada dentro de mim. Sem conotação sexual, por gentileza. Está tudo muito chato e eu cheguei a conclusão de que quase todo o mundo é formado por chatos. Sem conotação sexual, por gentileza. Pode até ser um problema pessoal, mas eu tenho uma momentânea necessidade de demonstrar que eu acho isso. Já comentei sobre a sensação de férias infinitas, não? E isso até poderia ser uma coisa boa se eu pudesse voltar no tempo, me teletransportar ou qualquer coisa do tipo, mas aparentemente meu trágico destino é passar meus dias sentado nessa cadeira de rodas, em frente a esse mesmo computador, escrevendo coisas que: 1) ninguém vai entender; 2) alguém vai pensar que entendeu mas no fundo apenas fez interpretações egocêntricas e tão estapafúrdias que não merecem o menor comentário; 3) alguém vai entender e vai guardar pra si mesmo. Ou nada disso.
Toda aquela sensação de deja vu, tão comentada há alguns posts, se faz presente. Não que ela seja crônica, mas essa coisa de "não fode nem sai de cima" não é comigo. Tudo muito previsível, às vezes. Está faltando, sabe? Faltando vontade. Faltando retórica. Faltando aquela comunidadezinha das antigas. Faltando as festinhas na caixinha de comentários mais legal. Faltando posts sobre reality shows dizendo que eu estava torcendo para a participante que ninguém gostava. Faltando fazer piadinhas e posts pseudo-críticos sobre o fato de todo mundo sempre ter algo novo a falar sobre Ayrton Senna nessas comemorações(?) de não-sei-quantos-anos de sua morte. Faltando falar da vontade de ver "Cazuza", "Olga" e "Alexandre, o Grande", que ainda nem entraram em cena. Faltando comentar que ficar escutando o tema dos Ursinhos Carinhosos - repetidamente é divertido. Faltando simplicidade. Faltando individualidade. Faltando The Smiley Novel. Faltando Hora da Letrinha. Faltando ele. Faltando ela. Faltando eles. Faltando nós. Faltando eu. Coisas assim, sabe? Eu deveria escrever descompromissadamente, mas a verdade é que eu fico pensando mil vezes antes de postar as coisas e edito, edito e edito. Tudo me incomoda. Se as coisas estão do jeito que eu quero, se eu consegui apresentar um jeito melhor de contar as coisas... enfim. Isso porque você não viu quando eu começo a implicar com as horas e os dias, que começam a ser cadenciados por uma lógica nula, que só existe na minha cabeça. Tudo num sistema super TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Talvez seja só uma nostalgia idiota, mas tenho saudades do tempo em que o Blog World era mais... elitista - e conseqüentemente mais legal. Grupos seletos, com pessoas agradáveis, disputas "saudáveis" e tudo mais. Pessoas perdiam tempo arrumando a sua casinha para apresentar coisinhas legais e super inovadoras aos seus vizinhos, que perdiam tempo lendo posts alheios, que por sua vez muitas vezes tinham coisas interessantes para dizer - um grande diferencial, eu diria. Quase ninguém tinha webcam e os que tinham faziam questão de montar suas comunidades, para "fazer propaganda" do seu blog. Diferenças, diferenças. E o que restou agora? Esses outros logs da vida? Bullshit. Somente uma grande fábrica de produtos completamente homogêneos - apesar de uma pseudo-diferença momentânea - encapados por uma estética que varia de estereótipo para estereótipo. Ídolos de barro, que na maioria dos casos não tem absolutamente nada para acrescentar e que mesmo assim ajudam a manter o ciclo do "passa no meu flog", que nada mais é do que uma tentativa fútil e superficial de se tornar esses pseudo-fenômenos, que aparecem em jornais e revistas especializados, dão entrevistas e se tornam "celebridades internéticas" pela incrivel capacidade de não fazer... nada - na grande maioria dos casos. Tudo muito vago, tudo sem nenhum propósito. Não que antes não houvesse esse tipo de coisa, não que todas as pessoas do mundo sejam seres desprovidos de massa encefálica munidos com uma câmera digital de última geração, o fato é que posts não podem ser corrigidos no photoshop e, desculpe, mas um blog não se sustenta só porque você mostrou um pouco de carne, acompanhada com uma frase qualquer de um poeta qualquer. Você pode até dizer que eu não sei do que eu estou falando, mas quem se importa?
Acho que estou precisando me aposentar e admitir de vez que o tempo disso tudo acabou e sair dirigindo por aí com a Nina Persson. Sem destino, direção e tudo. Com sorte atropelar seres humanos, dando minha singela contribuição para a extinção da raça e, claro, buscar o Gato Félix, que injustamente foi arremessado para fora do carro. Ele é legal e pode fazer companhia para o Nelson. A propósito, por favor, chamem um médico urgente porque ele ainda não está legal. Sabe como é, essas aventuras de metrô, chuva, viagens, voyerismo etecétera e tal, diminuem a vitalidade dos seres e agora ele pode começar a descosturar mais e vão criar mais ruguinhas e ele vai descosturar de vários lados e colocar coisinhas pra fora e morrer. Socorro. Aventura, emoção e mesmo que tudo acabe, não se render nunca. Thelma e Louise, sabe? Tsc. Claro que não sabe. Se soubesse não estaria aí plantado nessa cadeira. A propósito, a Thelma também é Dickinson e tudo pára por aí.
"Lucky" - Radiohead

"You've always been crazy, this is just the first
chance you've had to express yourself."
Eu sinceramente não sei mais o que escrever aqui. Juro que não sei. Nem acho que tenha um porquê específico, sabe? Acho que é a junção de várias coisas, mas eu não vou ficar filosofando sobre isso. Não agora, porque agora falta pouco para que você não tenha mais que aturar as minhas infinitas reclamações - muitas vezes infundadas - e afins. Tudo isso porque, aparentemente, eu sou um metódico inveterado. Além disso, estou completamente, profundamente, terminantemente e vários mentes entediado e um tanto quanto insatisfeito. E você sabe o que acontece quando eu estou assim, não é mesmo? Exatamente: reclamações fúteis e superficiais que tomam uma profundidade inesperada dentro de mim. Sem conotação sexual, por gentileza. Está tudo muito chato e eu cheguei a conclusão de que quase todo o mundo é formado por chatos. Sem conotação sexual, por gentileza. Pode até ser um problema pessoal, mas eu tenho uma momentânea necessidade de demonstrar que eu acho isso. Já comentei sobre a sensação de férias infinitas, não? E isso até poderia ser uma coisa boa se eu pudesse voltar no tempo, me teletransportar ou qualquer coisa do tipo, mas aparentemente meu trágico destino é passar meus dias sentado nessa cadeira de rodas, em frente a esse mesmo computador, escrevendo coisas que: 1) ninguém vai entender; 2) alguém vai pensar que entendeu mas no fundo apenas fez interpretações egocêntricas e tão estapafúrdias que não merecem o menor comentário; 3) alguém vai entender e vai guardar pra si mesmo. Ou nada disso.
Toda aquela sensação de deja vu, tão comentada há alguns posts, se faz presente. Não que ela seja crônica, mas essa coisa de "não fode nem sai de cima" não é comigo. Tudo muito previsível, às vezes. Está faltando, sabe? Faltando vontade. Faltando retórica. Faltando aquela comunidadezinha das antigas. Faltando as festinhas na caixinha de comentários mais legal. Faltando posts sobre reality shows dizendo que eu estava torcendo para a participante que ninguém gostava. Faltando fazer piadinhas e posts pseudo-críticos sobre o fato de todo mundo sempre ter algo novo a falar sobre Ayrton Senna nessas comemorações(?) de não-sei-quantos-anos de sua morte. Faltando falar da vontade de ver "Cazuza", "Olga" e "Alexandre, o Grande", que ainda nem entraram em cena. Faltando comentar que ficar escutando o tema dos Ursinhos Carinhosos - repetidamente é divertido. Faltando simplicidade. Faltando individualidade. Faltando The Smiley Novel. Faltando Hora da Letrinha. Faltando ele. Faltando ela. Faltando eles. Faltando nós. Faltando eu. Coisas assim, sabe? Eu deveria escrever descompromissadamente, mas a verdade é que eu fico pensando mil vezes antes de postar as coisas e edito, edito e edito. Tudo me incomoda. Se as coisas estão do jeito que eu quero, se eu consegui apresentar um jeito melhor de contar as coisas... enfim. Isso porque você não viu quando eu começo a implicar com as horas e os dias, que começam a ser cadenciados por uma lógica nula, que só existe na minha cabeça. Tudo num sistema super TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Talvez seja só uma nostalgia idiota, mas tenho saudades do tempo em que o Blog World era mais... elitista - e conseqüentemente mais legal. Grupos seletos, com pessoas agradáveis, disputas "saudáveis" e tudo mais. Pessoas perdiam tempo arrumando a sua casinha para apresentar coisinhas legais e super inovadoras aos seus vizinhos, que perdiam tempo lendo posts alheios, que por sua vez muitas vezes tinham coisas interessantes para dizer - um grande diferencial, eu diria. Quase ninguém tinha webcam e os que tinham faziam questão de montar suas comunidades, para "fazer propaganda" do seu blog. Diferenças, diferenças. E o que restou agora? Esses outros logs da vida? Bullshit. Somente uma grande fábrica de produtos completamente homogêneos - apesar de uma pseudo-diferença momentânea - encapados por uma estética que varia de estereótipo para estereótipo. Ídolos de barro, que na maioria dos casos não tem absolutamente nada para acrescentar e que mesmo assim ajudam a manter o ciclo do "passa no meu flog", que nada mais é do que uma tentativa fútil e superficial de se tornar esses pseudo-fenômenos, que aparecem em jornais e revistas especializados, dão entrevistas e se tornam "celebridades internéticas" pela incrivel capacidade de não fazer... nada - na grande maioria dos casos. Tudo muito vago, tudo sem nenhum propósito. Não que antes não houvesse esse tipo de coisa, não que todas as pessoas do mundo sejam seres desprovidos de massa encefálica munidos com uma câmera digital de última geração, o fato é que posts não podem ser corrigidos no photoshop e, desculpe, mas um blog não se sustenta só porque você mostrou um pouco de carne, acompanhada com uma frase qualquer de um poeta qualquer. Você pode até dizer que eu não sei do que eu estou falando, mas quem se importa?
Acho que estou precisando me aposentar e admitir de vez que o tempo disso tudo acabou e sair dirigindo por aí com a Nina Persson. Sem destino, direção e tudo. Com sorte atropelar seres humanos, dando minha singela contribuição para a extinção da raça e, claro, buscar o Gato Félix, que injustamente foi arremessado para fora do carro. Ele é legal e pode fazer companhia para o Nelson. A propósito, por favor, chamem um médico urgente porque ele ainda não está legal. Sabe como é, essas aventuras de metrô, chuva, viagens, voyerismo etecétera e tal, diminuem a vitalidade dos seres e agora ele pode começar a descosturar mais e vão criar mais ruguinhas e ele vai descosturar de vários lados e colocar coisinhas pra fora e morrer. Socorro. Aventura, emoção e mesmo que tudo acabe, não se render nunca. Thelma e Louise, sabe? Tsc. Claro que não sabe. Se soubesse não estaria aí plantado nessa cadeira. A propósito, a Thelma também é Dickinson e tudo pára por aí.

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