cOnFuSiOn NeVeR sToPs_
Então, resolvi aparecer aqui porque, veja, eu não tenho a menor vontade de que as pessoas acreditem que agora eu só posto em dias múltiplos de cinco. Não, eu não sei do que eu estou falando, mas levem em consideração já que eu não estudo matemática há anos. Apropósito, mesmo não tendo propósito, Caroline bombando nos im da vida e a mania de me mandar coisas fofas e criativas não parou. Aqui está uma coisinha que não me deixa mentir porque, observe, quem mais teria a grande idéia de escrever "Cakinho te amo!" na janela do seu quarto castigada pelo frio europeu enquanto escuta fados e come bolinhos de bacalhau? That´s why I adore her. E Fique sabendo que o clima aqui está agradável. Não tão ótimo quanto o daí, mas está nublado etecétera e tal.
Em tempos como esse que eu me lembro de contar uma novidade que já não é novidade há algum tempo: eu tomo banho frio. Não é sensacional? Foi o que eu pensei. E o bom de tomar banho frio nesse tempo é que você ainda queima gordurinhas - eufemismo, fazer o quê? - indesejáveis saltitando pelo box. Uma graça. E eu, que já sou estabanado naturalmente, consigo a incrível façanha de enfiar o sabonete no olho. Kinho 1 x 0 Coordenação Motora. Mas o que você esperava de alguém que se corta toda vez que vai fazer a barba e, pasme, machuca a gengiva escovando os dentes? Que eu estivesse dormindo? Bem que eu queria, mas agora a moda é me acordar de maneiras não-convencionais e por isso estou aqui vendo Anjo Mau porque, não, eu não tenho tevê por assinatura e, sim, eu sou do tipo que faz comentários inúteis e vazios sobre a programação Global. E do SBT também.
Não sei se eu comentei, mas tem uma certa família que não gosta de rimas e sendo assim quem me acorda primeiro é a filha e só depois o pai liga. - "Que telefone é esse?" - perguntaram. Eu sei que eu não deveria ter respondido "um celular, tão pouco responder "meu" quando perguntaram quem era o proprietário, porém, veja, abstraindo todo o mau humor matutino, não é todo dia que você é acordado por alguém que poderia facilmente ser confundido com um operador Chileno de Telemarketing, certo? Sem maiores comentários porque uma mãe que joga vídeo-game e fala "gente boa" e um pai que se chama Rodrigo não merecem comentários. Isso não é nome de pai, definitivamente. É por isso que eu digo: estão acabando com a família brasileira. De qualquer maneira gostaria de mandar lembranças pro Rodrigão, que pelo menos foi educado. Aprendi isso com o meu celular, que é bondoso e gosta de retribuir coisas. Acho que ele funciona melhor do que eu porque, veja só, ele não pensa demais nas coisas. Ele simplesmente liga. E essa parte não foi para todo mundo entender, mas acho que alguém deve ter entendido.
Então eu voltei a dormir. Mas não deixaram. "Vamos ao cinema." Então vamos. Depois de MUITO pensar porque, como dito, eu penso muito. Desço falando que não vou. Pensando. Subo falando que não vou. Pensando. Tomo banho falando que não vou. Pensando. Desço de novo falando que não vou. Pensando. Ponho uma roupa que me deixa com ar de adolescente-malhação falando que eu não vou. Pensando. Paro de pensar. E vou. Vou queimando pela rua com um Sol quente dos infernos. Não dizem "Vá de Ônibus?" Pois eu fui. Reclamando, mas fui. Não que eu me importe em andar de ônibus, mas algumas coisas são profundamente irritantes.
Todo mundo sabe que desde o mês passado "já era natal na Leader Magazine", só que eu sinceramente não entendo porquê todo ônibus tem agora que enfiar um outdoor com um anjo obeso e semi nu de bochechas coradas e cara de idiota em qualquer parte bem visível do veículo, junto com palavras edificantes e montadas para vender qualquer coisa que não tenha nada a ver com anjos ou qualquer coisa que o valha, claro. Dia desses, por exemplo, estou eu bem sentadinho voltando pra casa quando, do nada, surge a anjinha deste fanart estampada em um ônibus da Feital pagando de garota propaganda. É ou não é pra ficar irritado? Sem contar outras coisas. E quando eu digo "outras coisas" eu não estou me referindo aos motoristas engraçadinhos ou aos vendedores ambulantes que aparentemente decoram um texto ou tem um código de honra porque repetem exatamente a mesma frase constantemente. Não importa qual ônibus. Não importa se é bananada, amendoim ou a pastilha-que-melhora-a-roquidão. O que importa é que eles "poderiam estar roubando, poderiam estar matando... mas não! ... estão ali, vendendo." Isso para não falar nos pseudos-mudinhos que, mesmo tendo cordas vocais o suficiente para não tem noção e jogam em cima da gente aqueles papéis sujos e amassados com dizeres bíblicos ou mensagens significantemente vazias. Enfim. Estou falando de coisas mais... hmmmm... exclusivas? Pois é. Como, por exemplo, a guria-que-eu-nunca-vi-mais-gorda-apesar-de-magra, que aparece sem ter sido convidada só para expressar a grande descoberta de "Nossa, você não está lendo hoje. Eu sempre vejo você com um livro." Ou então "Êêê... cochilou hoje, hein?" Tudo isso porque, não, as pessoas não se contentam em atazanar a vida da gente somente uma vez. Tem que ser mais de um comentário. Como se eu gostasse de ler ou dormir. Sinceramente? Das duas uma: ou eu chamo atenção ou eu tenho um semblante extremamente simpático com uma placa que pisca em neon "Talk To Me" no meio da testa. Isso para não mencionar as trocadoras, oh trocadoras, que se acham íntimas.
Tá rindo? Não, isso não é engraçado. Aliás, eu continuo não gostando que achem meu blog engraçado porque esses fatos, por incrível que pareça, são verídicos. Apropósito, sabe aquele dia que você acaba de sair de uma palestra e não dormiu nada e quer chegar em casa cedo para adiantar coisas mesmo sabendo que não vai fazer merda nenhuma e vai para o ponto de ônibus debaixo daquele sol escaldante esperar um ônibus que ao invés de demorar, o que seria mais aceitável, simplesmente passa? Pois é, passa sem você, é claro. Essa foi a primeira vez que eu fico com o braço estendido vendo o maldito ônibus passando em câmera lenta e, desacreditado, continuo com o mesmo braço estendido olhando pra trás enquanto ele se afastava em câmera lenta. Eu odeio perder as coisas. Fato. E isso inclui ônibus? Ah inclui? Inclui. E eu não me dou por vencido e não estava com vontade de ficar debaixo daquele calor escaldante mais um minuto que fosse? Ah não? Não. Foi então que eu reparei um outro ônibus parando por ali e eu, muito sem noção, entro e no melhor estilo "siga-aquele-carro" uso todo meu poder de persuasão para convencer o motorista me dar uma carona e alcançar o ônibus que eu havia perdido. Rá! Das duas uma: ou ele achou que eu estava brincando e gravando uma pegadinha para o programa do Sérgio Mallandro ou ele achou que era um jeito revolucionário de dar calote. O fato é que ele deve ter achado tão não-comum que sequer questionou, mas foi todo atencioso quando pediu para eu tomar cuidado quando ele - ao alcançar o ônibus que eu havia perdido - parou no sinal vermelho e eu resolvi descer no meio da Avenida atravessando por entre os carros até chegar no ônibus-que-eu-havia-perdido e bater na lataria até que o motorista tivesse a sensibilidade de notar pelo retrovisor que eu estava ali e abrir a porta. E pra que tudo isso? Para um funkeiro sem camisa e com as unhas maiores que a da Alcione sentar do meu lado, ver uma senhora japonesa de cabelos verdes(?) e o motorista se dirigindo a mim como o_sumido(!) quando eu desci do ônibus. Mas tudo bem porque, sim, eu abuso. A última foi levar uma câmera e me juntar aos conhecidos alunos de colégio público para tirar fotos dentro do "carro". How_social. Uma pena que eu não tenho scanner porque, sim, eu iria provar que a trocadora tem bigodes.
Mas enfim, onde eu estava? Ah sim, fui de ônibus para o cinema. Cinema. Fazia tempo que eu não ía ao cinema. A última vez que eu fui arrastado para aquele lugar escuro, úmido e gelado - ui, que sexy - foi para observar os seios e o sotaque não-naturais de Angelina Jolie em Tomb Raider II. E você sabe no que se transforma o cinema num filme desses, certo? Praticamente uma filial do clube das Chickelets da Punky, a levada da breca, que agora rodopia na internet em trajes mínimos assustando pessoas que aparentemente acham a coisa mais estranha do mundo uma menininha crescer e virar mulher. Pois é, tirando o Ferrugem, as pessoas crescem e envelhecem, sabe? Mas isso não é nada se você parar para pensar quem é o grande alvo das zoações dentro de um cinema para ver um filme onde a protagonista é carinhosamente apelidada de boca de bife e que, além de tudo, luta contra diversos japonesinhos. Pois é. Mas isso não tem nada a ver com a história. O que importa é que eu fui para aquele pseudo-shopping mesmo não querendo ir. Não tenho boas recordações porque, veja, não são em todas Lojas Americanas que aparece um fedelho que vai abrir aquelas caixinhas de suco de laranja "sem querer" e derramar no seu all star fazendo você se deslocar só para ter o prazer de secar o tênis na calça do guri, certo? Certo. Mas tem a C&A e, porra, eu gosto da Renner. Mas eu não vou dissertar sobre isso. Primeiro que eu não comprei nada e segundo que eu até me meti a experimentar uma roupa mas quase destruí uma gravatinha. Ainda bem que ninguém viu. Que ninguém ME viu com a gravatinha, eu digo. Ficou horrível.
Mas então, eu confesso: Maria, Mãe do Filho de Deus. Eu não acredito que conseguiram me levar para ver isso. Entenderam o porquê de eu não querer ter saído de casa? Não é nem pelo fato de eu nunca ter ido prestigiar o cinema nacional - ok, eu assisti O Que é Isso, Companheiro?, mas essa também é uma outra história - o fato é que eu não vejo graça em você passar por coisas desagradáveis para assistir um filme que você, além de saber a história de cór, já sabe como vai acabar. Tudo bem, eu não paguei nada, mas ainda assim. As pessoas me ganham pelo mimo. Ou não. Pelo menos desta vez eu não vou fazer nenhum comentário acerca da turma-de-adolescentes-que-adora-zonear-etc-etc-etc porque essa turma simplesmente não existia. Sério. Programa família e terceira idade total. Me senti no programa da Hebe. Para você ter idéia, o big deal da sessão foi o clipe do Peter Pan. Toca a introdução de Clocks. Pois é. O_melhor. Fora isso só o casal de velhinhas aparentemente lésbicas, que era a coisa mais fofa. Vai ver eram mãe e filha e eu não sei, mas dizer que eram um casal de velinhas lésbicas é muito melhor e provavelmente venderia mais se isto fosse uma revista sensacionalista. Processe-me.
E o que dizer do filme de uma mulher que, pelicularmente falando, foi desvirginada pelo próprio filho? Tirando o Padre Marcello Rossi, que não sabe atuar e fica com nariz e orelhas ainda mais gigantes na telona, e aquela guriazinha que tem a voz mais irritante do mundo, a Giovanna Antonelli tem que parar de pensar que virou a Jade só porque cobriu a cabeça com um véu. Era outra personagem, sabe? Deus é brasileiro, descobri que o Diabo é nordestino e a seleção dos atores para os apóstolos foi um desastre. Primeiro que puseram um Judas que eu não gostei - em se tratando de Judas ele tinha que, no mínimo, ter uma boca bonita e, não, não tinha - e segundo que o João dava nos nervos. Ele consegue ser mais carioca proud do que a Fernanda Abreu e chia mais do que uma portuguesa falando dois biscoitos. Sinceramente? A impressão que dá é que qualquer hora Jesus iria pedir para ele fazer alguma coisa e ele iria responder "Já é, peixe!". E por que a Maria Madalena não foi considerada uma discípula se ela fazia a mesma coisa do que eles? Eu gosto dela mas, enfim, não pretendo ficar dissertando sobre a crença de ninguém porque 1) eu não sou formador de opinião; 2) espero eu que ninguém resolva sair pelado pela rua só porque assistiu um filme tanto quanto ninguém pula de um prédio só porque uma personagem de novela pulou, afinal, isso são "coisas de Laurinha"; 3) não existe somente um livro sagrado, então não adianta pregar em cima de coisas que nem você sabe a veracidade exata, até porque ninguém é obrigado a aceitar sem questionar tudo que jogam pela frente, principalmente se jogam um bebê que do dia para a noite fica com trinta e três anos sem a menor explicação; 4) eu não estou aqui pra isso.
E no final das contas, pelo menos não foi Aquaria e eu ainda ouvi a introdução de Clocks. E, só a título de curiosidade, porque as pessoas cismaram com isso de que eu estava falando mal do filme do post passado? Não estava. Gente esquisita. Tudo bem, pleonasmo desnecessário. Period.
"Clocks" - Coldplay
Então, resolvi aparecer aqui porque, veja, eu não tenho a menor vontade de que as pessoas acreditem que agora eu só posto em dias múltiplos de cinco. Não, eu não sei do que eu estou falando, mas levem em consideração já que eu não estudo matemática há anos. Apropósito, mesmo não tendo propósito, Caroline bombando nos im da vida e a mania de me mandar coisas fofas e criativas não parou. Aqui está uma coisinha que não me deixa mentir porque, observe, quem mais teria a grande idéia de escrever "Cakinho te amo!" na janela do seu quarto castigada pelo frio europeu enquanto escuta fados e come bolinhos de bacalhau? That´s why I adore her. E Fique sabendo que o clima aqui está agradável. Não tão ótimo quanto o daí, mas está nublado etecétera e tal.
Em tempos como esse que eu me lembro de contar uma novidade que já não é novidade há algum tempo: eu tomo banho frio. Não é sensacional? Foi o que eu pensei. E o bom de tomar banho frio nesse tempo é que você ainda queima gordurinhas - eufemismo, fazer o quê? - indesejáveis saltitando pelo box. Uma graça. E eu, que já sou estabanado naturalmente, consigo a incrível façanha de enfiar o sabonete no olho. Kinho 1 x 0 Coordenação Motora. Mas o que você esperava de alguém que se corta toda vez que vai fazer a barba e, pasme, machuca a gengiva escovando os dentes? Que eu estivesse dormindo? Bem que eu queria, mas agora a moda é me acordar de maneiras não-convencionais e por isso estou aqui vendo Anjo Mau porque, não, eu não tenho tevê por assinatura e, sim, eu sou do tipo que faz comentários inúteis e vazios sobre a programação Global. E do SBT também.
Não sei se eu comentei, mas tem uma certa família que não gosta de rimas e sendo assim quem me acorda primeiro é a filha e só depois o pai liga. - "Que telefone é esse?" - perguntaram. Eu sei que eu não deveria ter respondido "um celular, tão pouco responder "meu" quando perguntaram quem era o proprietário, porém, veja, abstraindo todo o mau humor matutino, não é todo dia que você é acordado por alguém que poderia facilmente ser confundido com um operador Chileno de Telemarketing, certo? Sem maiores comentários porque uma mãe que joga vídeo-game e fala "gente boa" e um pai que se chama Rodrigo não merecem comentários. Isso não é nome de pai, definitivamente. É por isso que eu digo: estão acabando com a família brasileira. De qualquer maneira gostaria de mandar lembranças pro Rodrigão, que pelo menos foi educado. Aprendi isso com o meu celular, que é bondoso e gosta de retribuir coisas. Acho que ele funciona melhor do que eu porque, veja só, ele não pensa demais nas coisas. Ele simplesmente liga. E essa parte não foi para todo mundo entender, mas acho que alguém deve ter entendido.
Então eu voltei a dormir. Mas não deixaram. "Vamos ao cinema." Então vamos. Depois de MUITO pensar porque, como dito, eu penso muito. Desço falando que não vou. Pensando. Subo falando que não vou. Pensando. Tomo banho falando que não vou. Pensando. Desço de novo falando que não vou. Pensando. Ponho uma roupa que me deixa com ar de adolescente-malhação falando que eu não vou. Pensando. Paro de pensar. E vou. Vou queimando pela rua com um Sol quente dos infernos. Não dizem "Vá de Ônibus?" Pois eu fui. Reclamando, mas fui. Não que eu me importe em andar de ônibus, mas algumas coisas são profundamente irritantes.
Todo mundo sabe que desde o mês passado "já era natal na Leader Magazine", só que eu sinceramente não entendo porquê todo ônibus tem agora que enfiar um outdoor com um anjo obeso e semi nu de bochechas coradas e cara de idiota em qualquer parte bem visível do veículo, junto com palavras edificantes e montadas para vender qualquer coisa que não tenha nada a ver com anjos ou qualquer coisa que o valha, claro. Dia desses, por exemplo, estou eu bem sentadinho voltando pra casa quando, do nada, surge a anjinha deste fanart estampada em um ônibus da Feital pagando de garota propaganda. É ou não é pra ficar irritado? Sem contar outras coisas. E quando eu digo "outras coisas" eu não estou me referindo aos motoristas engraçadinhos ou aos vendedores ambulantes que aparentemente decoram um texto ou tem um código de honra porque repetem exatamente a mesma frase constantemente. Não importa qual ônibus. Não importa se é bananada, amendoim ou a pastilha-que-melhora-a-roquidão. O que importa é que eles "poderiam estar roubando, poderiam estar matando... mas não! ... estão ali, vendendo." Isso para não falar nos pseudos-mudinhos que, mesmo tendo cordas vocais o suficiente para não tem noção e jogam em cima da gente aqueles papéis sujos e amassados com dizeres bíblicos ou mensagens significantemente vazias. Enfim. Estou falando de coisas mais... hmmmm... exclusivas? Pois é. Como, por exemplo, a guria-que-eu-nunca-vi-mais-gorda-apesar-de-magra, que aparece sem ter sido convidada só para expressar a grande descoberta de "Nossa, você não está lendo hoje. Eu sempre vejo você com um livro." Ou então "Êêê... cochilou hoje, hein?" Tudo isso porque, não, as pessoas não se contentam em atazanar a vida da gente somente uma vez. Tem que ser mais de um comentário. Como se eu gostasse de ler ou dormir. Sinceramente? Das duas uma: ou eu chamo atenção ou eu tenho um semblante extremamente simpático com uma placa que pisca em neon "Talk To Me" no meio da testa. Isso para não mencionar as trocadoras, oh trocadoras, que se acham íntimas.
Tá rindo? Não, isso não é engraçado. Aliás, eu continuo não gostando que achem meu blog engraçado porque esses fatos, por incrível que pareça, são verídicos. Apropósito, sabe aquele dia que você acaba de sair de uma palestra e não dormiu nada e quer chegar em casa cedo para adiantar coisas mesmo sabendo que não vai fazer merda nenhuma e vai para o ponto de ônibus debaixo daquele sol escaldante esperar um ônibus que ao invés de demorar, o que seria mais aceitável, simplesmente passa? Pois é, passa sem você, é claro. Essa foi a primeira vez que eu fico com o braço estendido vendo o maldito ônibus passando em câmera lenta e, desacreditado, continuo com o mesmo braço estendido olhando pra trás enquanto ele se afastava em câmera lenta. Eu odeio perder as coisas. Fato. E isso inclui ônibus? Ah inclui? Inclui. E eu não me dou por vencido e não estava com vontade de ficar debaixo daquele calor escaldante mais um minuto que fosse? Ah não? Não. Foi então que eu reparei um outro ônibus parando por ali e eu, muito sem noção, entro e no melhor estilo "siga-aquele-carro" uso todo meu poder de persuasão para convencer o motorista me dar uma carona e alcançar o ônibus que eu havia perdido. Rá! Das duas uma: ou ele achou que eu estava brincando e gravando uma pegadinha para o programa do Sérgio Mallandro ou ele achou que era um jeito revolucionário de dar calote. O fato é que ele deve ter achado tão não-comum que sequer questionou, mas foi todo atencioso quando pediu para eu tomar cuidado quando ele - ao alcançar o ônibus que eu havia perdido - parou no sinal vermelho e eu resolvi descer no meio da Avenida atravessando por entre os carros até chegar no ônibus-que-eu-havia-perdido e bater na lataria até que o motorista tivesse a sensibilidade de notar pelo retrovisor que eu estava ali e abrir a porta. E pra que tudo isso? Para um funkeiro sem camisa e com as unhas maiores que a da Alcione sentar do meu lado, ver uma senhora japonesa de cabelos verdes(?) e o motorista se dirigindo a mim como o_sumido(!) quando eu desci do ônibus. Mas tudo bem porque, sim, eu abuso. A última foi levar uma câmera e me juntar aos conhecidos alunos de colégio público para tirar fotos dentro do "carro". How_social. Uma pena que eu não tenho scanner porque, sim, eu iria provar que a trocadora tem bigodes.
Mas enfim, onde eu estava? Ah sim, fui de ônibus para o cinema. Cinema. Fazia tempo que eu não ía ao cinema. A última vez que eu fui arrastado para aquele lugar escuro, úmido e gelado - ui, que sexy - foi para observar os seios e o sotaque não-naturais de Angelina Jolie em Tomb Raider II. E você sabe no que se transforma o cinema num filme desses, certo? Praticamente uma filial do clube das Chickelets da Punky, a levada da breca, que agora rodopia na internet em trajes mínimos assustando pessoas que aparentemente acham a coisa mais estranha do mundo uma menininha crescer e virar mulher. Pois é, tirando o Ferrugem, as pessoas crescem e envelhecem, sabe? Mas isso não é nada se você parar para pensar quem é o grande alvo das zoações dentro de um cinema para ver um filme onde a protagonista é carinhosamente apelidada de boca de bife e que, além de tudo, luta contra diversos japonesinhos. Pois é. Mas isso não tem nada a ver com a história. O que importa é que eu fui para aquele pseudo-shopping mesmo não querendo ir. Não tenho boas recordações porque, veja, não são em todas Lojas Americanas que aparece um fedelho que vai abrir aquelas caixinhas de suco de laranja "sem querer" e derramar no seu all star fazendo você se deslocar só para ter o prazer de secar o tênis na calça do guri, certo? Certo. Mas tem a C&A e, porra, eu gosto da Renner. Mas eu não vou dissertar sobre isso. Primeiro que eu não comprei nada e segundo que eu até me meti a experimentar uma roupa mas quase destruí uma gravatinha. Ainda bem que ninguém viu. Que ninguém ME viu com a gravatinha, eu digo. Ficou horrível.
Mas então, eu confesso: Maria, Mãe do Filho de Deus. Eu não acredito que conseguiram me levar para ver isso. Entenderam o porquê de eu não querer ter saído de casa? Não é nem pelo fato de eu nunca ter ido prestigiar o cinema nacional - ok, eu assisti O Que é Isso, Companheiro?, mas essa também é uma outra história - o fato é que eu não vejo graça em você passar por coisas desagradáveis para assistir um filme que você, além de saber a história de cór, já sabe como vai acabar. Tudo bem, eu não paguei nada, mas ainda assim. As pessoas me ganham pelo mimo. Ou não. Pelo menos desta vez eu não vou fazer nenhum comentário acerca da turma-de-adolescentes-que-adora-zonear-etc-etc-etc porque essa turma simplesmente não existia. Sério. Programa família e terceira idade total. Me senti no programa da Hebe. Para você ter idéia, o big deal da sessão foi o clipe do Peter Pan. Toca a introdução de Clocks. Pois é. O_melhor. Fora isso só o casal de velhinhas aparentemente lésbicas, que era a coisa mais fofa. Vai ver eram mãe e filha e eu não sei, mas dizer que eram um casal de velinhas lésbicas é muito melhor e provavelmente venderia mais se isto fosse uma revista sensacionalista. Processe-me.
E o que dizer do filme de uma mulher que, pelicularmente falando, foi desvirginada pelo próprio filho? Tirando o Padre Marcello Rossi, que não sabe atuar e fica com nariz e orelhas ainda mais gigantes na telona, e aquela guriazinha que tem a voz mais irritante do mundo, a Giovanna Antonelli tem que parar de pensar que virou a Jade só porque cobriu a cabeça com um véu. Era outra personagem, sabe? Deus é brasileiro, descobri que o Diabo é nordestino e a seleção dos atores para os apóstolos foi um desastre. Primeiro que puseram um Judas que eu não gostei - em se tratando de Judas ele tinha que, no mínimo, ter uma boca bonita e, não, não tinha - e segundo que o João dava nos nervos. Ele consegue ser mais carioca proud do que a Fernanda Abreu e chia mais do que uma portuguesa falando dois biscoitos. Sinceramente? A impressão que dá é que qualquer hora Jesus iria pedir para ele fazer alguma coisa e ele iria responder "Já é, peixe!". E por que a Maria Madalena não foi considerada uma discípula se ela fazia a mesma coisa do que eles? Eu gosto dela mas, enfim, não pretendo ficar dissertando sobre a crença de ninguém porque 1) eu não sou formador de opinião; 2) espero eu que ninguém resolva sair pelado pela rua só porque assistiu um filme tanto quanto ninguém pula de um prédio só porque uma personagem de novela pulou, afinal, isso são "coisas de Laurinha"; 3) não existe somente um livro sagrado, então não adianta pregar em cima de coisas que nem você sabe a veracidade exata, até porque ninguém é obrigado a aceitar sem questionar tudo que jogam pela frente, principalmente se jogam um bebê que do dia para a noite fica com trinta e três anos sem a menor explicação; 4) eu não estou aqui pra isso.
E no final das contas, pelo menos não foi Aquaria e eu ainda ouvi a introdução de Clocks. E, só a título de curiosidade, porque as pessoas cismaram com isso de que eu estava falando mal do filme do post passado? Não estava. Gente esquisita. Tudo bem, pleonasmo desnecessário. Period.

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