April 19, 2003

hUgEs ´n NoIsEs...

Sexta-feira com cara de sábado, sábado com cara de domingo e eu por aqui esparramado parecendo um ermitão com barba por fazer, cabelo ensebado e se não bastasse tudo isso ainda tenho dois grampos de cabelo segurando as "alças" da minha camiseta - que os paulistas/sulistas cismam em chamar irritantemente de regata como se isso fosse alguma competição aquática - por que eu sismei que elas estavam grandes demais... uma beleza! O pior não é nem isso, o pior é ser visitado nesse estado.

Quando eu quero me infurnar no meu quarto e nunca mais ver a cara de ninguém, o que acontece? Exatamente! Pessoas aparentemente excluídas começam a aparecer para confabular a respeito do que outras pessoas estão planejando fazendo com que eu me torne involuntariamente uma personagem das Meninas Super Poderosas em Intrigas Version.

Não que eu esteja estranhando, o caso é que eu não estou muito acostumado em ser conselheiro amoroso. Finalmente descobri a causa do pseudo suicídio e eu não consigo ficar quieto diante de algumas situações. Acho engraçado como algumas pessoas dão tanto valor a outras pessoas se tornando assim incapazes de pensarem ou tomarem atitudes por si próprias. Conveniência? Talvez, afinal, é mais fácil você aceitar tudo como está do que ter a coragem de constatar que as coisas não estão indo do jeito que você gostaria e começar a mudá-las. Por mais que você possa viver em atacado, pessoas são seres avulsos e não é porque você ouviu falar que um barbudo que tinha um filho com nome de número começou a construir uma grande caixa colocando todo mundo em pares dentro do seu interior que você tem que se comportar como fosse um siamês maluco que morre quando a cabeça ao lado da sua para de respirar.

Pode ser o caso de confiança em níveis elevados, mas você sabe que confiança não é algo fácil para mim. Pode parecer bobagem, mas mesmo em pessoas que eu gosto muito eu confio desconfiando. Não sou uma criatura muito "normal", você sabe. Se eu fosse alguém legal, fácil de se lidar, coerente e conseguisse falar sobre mim mesmo eu talvez pudesse ser alguém melhor, mas ser alguém melhor significa não ser eu. Não estou fixando um rótulo porque eu, mesmo contraditório, sou sempre o primeiro a defender que a maneira como você se vê impede você de ser você mesmo. Quando alguém diz "eu sou assim", "eu sou assado" ou ainda "eu sou cozido" essa pessoa dificilmente consegue observar que ela é muito maior do que a imagem que ela criou ao redor de si mesma, que é muito maior do que a sua auto imagem, mas eu sinceramente não vou ficar filosofando em cima disso porque eu tenho a impressão que além de repetitivo estou agindo como se isso aqui fosse algum blog de auto ajuda ou, pior, passar por alguém que quer montar um dos muitos "pseudos-cult-blogs-cheio-de-apontamentos-didáticos-e-observações-capiciosas-para-demonstrar-que-você-é-incrivelmente-in-no-contexto-literário-pós-moderno-tupiniquim", huh?

E vamos mudar de assunto. Ou não, afinal, confiança foi um dos tópicos tratados com ele. Pois é, eu sou um puxador de conversa wannabe e por causa de uma certa alcoviteira acabei encontrando uma pessoa super gente fina para bater papo até as quatro e pouca da madrugada. Tá, eu concordo que eu tenho que perder essa mania ridícula de ficar trancando informações, mas estou melhorando, huh? E veja pelo lado bom, ao menos eu não sou exótico no que tange despedidas.

Abraço.

"Overdue" - The Get Up Kids

F5: FELIZ DIA DO ÍNDIO!

Kinho Dickinson

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