bAd hAiR dAy
Algumas coisas não mudam e entre elas encontramos o calor insuportável do Rio e as minhas reclamações quanto ao Sol escaldante que me transformam no cover oficial do Negrinho do Pastoreio no Brasil, mas até que esta semana passou rápido, néam? Estou adorando esses feriados estrategicamente bem situados que fazem com que eu passe ainda mais tempo em casa fazendo o oposto do que eu deveria fazer porque essa foi mais uma semana em que meus planinhos não foram cumpridos e isso já está se tornando algo repetitivo desde o começo do ano, i guess.
Não vou nem comentar sobre as coisas a là Huck Finn que não foram cumpridas e mesmo ganhando um prolongamento de tempo continuam muito em cima da hora, mas minhas coisinhas fúteis altamente importantes que deveriam ser terminadas como, por exemplo, tirar fotos 3x4, fazer um pseudo documento que renderá bons frutos, achar um tempinho de ir ao correio colocar cartinhas que eu escrevi a trocentos anos atrás e que não enviei por zilhões de motivos, ir ao cinema ver X Men... enfim... coisas do tipo que eu queria fazer essa semana e não fiz. Exceções? Cabelos. Eu queria que alguém os cortassem porque eu sou fresco e estava implicando com eles colocando mil e um defeitos . E cortaram.
Depois de muitas reclamações decidi ir do Kinho´s Lab para o shopping sem escala em casa para que cortassem meus cabelos que já estavam enchendo o saco, como dito. Em três meses eles cresceram muito rápido e eu já estava até mesmo conseguindo fazer um pseudo "rabo de cavalo" que com o passar do tempo começaria a detonar e quebrar a coisa toda. Pois bem, não deu outra e eu fui MESMO porque eu queria tirar fotinhas 3x4 com cabelo novo e ir ao cinema de cabelo novo e para cumprir esses planos é claro que eu teria que cortar o cabelo. Tá, chega.
Pouco tempo depois lá estava eu em frente a porta protagonizando a cena mais difícil de todas: a hora em que você pisa naquela salinha cujo piso parece um gramado de futebol com tantos cabelos diferentes espalhados e aquelas cabelereiras de roupas pretas e olhares superiores te olham sincronizadamente como se não soubessem que você estaria ali para que cortassem os seus cabelos e você entra e em seguida abre a boca dizendo "Oi, eu gostaria que cortassem os meus cabelos!" Odeio primeiro contatos e como eu nunca tive talento para ufólogo é obvio que eu não tive o contato de primeiro grau pronunciando uma frase tão óbvia como aquela, só perguntei se "ele" - apontando para o homem que havia cortato o meu cabelo da última vez - estava desocupado.
Ele tem uma cara de desocupado natural e se eu fosse levar em consideração a aparência externa do dito cujo eu não iria pensar duas vezes em NÃO cortar o cabelo com ele. Típico dono de salão: espalhafatoso, vive gritando com as funcionárias, estranhamente - mal - arrumado que só ele e, claro, um aplique muito do esquisito nos cabelos. Eu ainda tenho dúvidas se ele é uma beeesha loca ou não, mas isso é normal. Ele estava ocupado cortando os cabelos de um senhor que quase não os tinha enquanto uma mulher com cara de rampeira portanto uma pinta estrategicamente situada no buço pedia a ele cinqüenta reais para esperar pelo término do corte. Rá! Tudo bem que eu não tenho cara de rampeira e nem uma pinta no buço mas se eu também estava esperando e nem por isso ganhei alguma coisa a não ser um aviso para sentar naquele sofazinho muito do safado enquanto aguardava e ficar folheando as diversas revistas interessantíssimas no estilo Ana Maria e Isto É Gente e protagonizar mais um Momento Internet "Rivaivel!
Não sei se isso acontece com todo mundo, mas eu sou extremamente retardado e se lembro de algum fato interessante e/ou engraçado que aconteceu em determinado lugar passo facilmente por maluco. Sabe o caso típico de estar ouvindo música em diskman e só se ligar que está cantando alto e praticamente fazendo uma locação dentro do ônibus quando todos já estão olhando para sua cara a horas? Mais ou menos. Logo de cara abro uma revista onde em uma página qualquer "Emílio Orciollo Netto Visita Florianópolis!". Não custa nada mudar a revista, certo? Errado! Uma foto do Gael García Bernal aparece na minha frente quase me fazendo rir por motivos óbvios. Uma terceira? Claro! Vamos ler o nosso horóscopo. "Pare de tentar esconder os seus sentimentos ou utilizar formas irracionais para fugir deles." Algo do tipo. Decidi parar de ler e assistir O Cravo e a Rosa quando me soltam um "você já deveria saber que eu não demonstro o que eu sinto" seguido da Bia a.k.a. "Moça do Dinheiro" que aparece e, claro, me reconhece porque afinal de contas ela é amiga da Léia.
Ela continua a mesma entrando nos assuntos mais nada a ver e claaaaro que ela perguntou se eu estava namorando, que eu estava sumido... como se eu tivesse muita intimidade, mas, como todo mundo diz, eu sou lerdo e fui salvo pelo gongo de plique na cabeça que me chamou. Sentei naquela cadeirinha já conhecida e o cara já cheio das intimidades dizendo "Nossa! Ele cresceu rápido, né?" Não sou bobo nem nada de dar uma resposta engraçadinha já que ele já estava com uma tesoura na mão e afinal de contas cometer um erro "sem querer" não seria algo legal. Perguntou como eu queria cortar o cabelo e la la la e quando eu pensei que o momento internet "rivaivel" tinha acabado o que que o maluco começa a cantarolar? Velha Infância, claro! Aaahhh... eu tive que puxar assunto para fazer ele parar, então entrei nisso de estilo de corte de cabelos, aí ele ficou falando - já tinha falado antes de começar - que eu não devia cortar o cabelo porque ele tava tããããooo bonito, mas que eu devia estar querendo ficar igual ao Matheus. Eu ri. "QUE Matheus?", peguntei. "Não não... ai qual é o nome? THIAGO LACERDA!" Sem contar com o estilo Reinaldo Gianechinni(?), claro.
Eu gostaria de saber porque as pessoas cismam em achar que sempre que você vai cortar o cabelo você tem que tomar como base algum "artista". Apropósito, eu gostaria de saber porque as pessoas tem mania de achar que tudo que você faz é inspirado em alguém ou para alguém como se você fosse um dos vasos de um par de vasos que não consegue e nunca vai ser visto individualmente. Mais uma vez a questão da Arca de Noé, mas eu não vou filosofar sobre isso porque isso aqui é um dear diary e não uma tese sobre os paradigmas criados a partir de lendinhas bíblicas. E, voltando aos cabelos, desculpe, mas eu não acho que o cabelo do Erik Marmo seja auge dos cortes de cabelo, por exemplo, mas ele cortou o meu cabelo muito bem da última vez e repetiu a dose. Uma pena que eu não sei a hora de parar.
No meio de vários elogios que não conseguiam fazer nem cócegas no meu ego como "Olha que cabelo lindo, gente!", falando com a mulher que estava sentada no banco ao lado visualizando a cena como se eu fosse um poodle em exposição, e no meio de tentativas de me colocar medo falando que eu vou ficar careca e perguntando se eu tenho casos de calvície na família fazendo com que a mulher - ou seria hiena? - ao lado risse mandando ele parar de me colocar medo, ele termina o corte. Ficou ótimo, do jeitinho legal que tinha ficado da outra vez fazendo com que todos me chamassem de Bert. Rá! Mas eu com a minha mania estranha de achar que poderia ficar melhor e/ou poderia ficar mais "diferente" do que já estava me deixando com uma cara mais "nova", pedi para cortar mais. Eis que a pseudo bicha enlouquesse. "Ai não corta mais nããããooo! Tá tão lindo assim!" Nisso eu, muito convicto, continuo para ele cortar só mais um pouquinho. "Quer que eu corte? Tá. Vou cortar, hein? Mais só um pouquinho! Senão vai ficar algo muito Chitãozinho e Xororó!" E depois de mais uma comparação estapafúrdia ele meteu a tesoura. No cabelo, claro.
Cortou e cortou e cortou. E eu vendo aqueles trocentos fios caindo com cara de "porque-eu-não-calei-a-boca-e-saí-dali-do-jeito-que-estava?" E terminamos. Olhei para o espelho e vi a Helena Ranaldi em Mulheres Apaixonadas. Só faltava o Fred do meu lado e a mãe dele tentando separá-lo de mim para coroar. E eu ainda tive que ouvir os outros falando que ficou "linnndo", que pensou que iria ficar estranho mas que combinou muito comigo e a hiena do lado, se metendo mais uma vez, concordando falando que eu fico com cara de "muleque levado" e desenvolvendo comentários por si mesma acrescentando que só precisava fazer a barba e o pseudo bigode. Eu sou anti pelos no meu rosto, mas não havia necessidade de o cara falar que "isso" é penugem de criança. :P
Próxima parada? Lavar o cabelo. Com quem? Com a Bia, claro! Tá, agora eu até pude achar que ela estava querendo alguma coisa porque afinal de contas ela disse que não iria para a escola e perguntou o que eu iria fazer quando saísse dali porque ela estava doida para ir ao cinema - tá, eu também quero ir, mas não com ela e além do mais X Men começou a ser exibido só hoje, rá - e falava isso enquanto se questionava em voz alta onde estava o "Kinho" - ela falou meu nome, duh - que ela tinha conhecido? Que eu estava muito diferente, que eu mudei... coisas do tipo que eu rebatia dizendo que eu sou o mesmo de sempre. Ela, por sua vez, dizia que eu não mudei por dentro e sim por fora, "completamente" e que eu estou FILÉ! Aliás, ela repetiu essa palavrinha várias vezes até que eu, muito legal, comecei a falar coisas animadoras do tipo "E será que o seu namorado não iria com você ao cinema hoje?" Pronto. Pra que eu fui perguntar? Histórias de crise/término do namoro e busca de "novas oportunidades" foram jogadas para fora. Colei chiclete debaixo da mesa da Santa Ceia, provavelmente. Agora eu pergunto: O QUE É FILÉ? Será que eu sou algo vermelho, mole, macio e gorduroso? E se AGORA eu estou "filé", antes eu era o que? Um bucho? :P
Voltei para a cadeirinha e vamos (des)pentear o cabelo e ouvir propaganda de um gel M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O que só vende naquele salão e ver aquela mão peluda chacoalhando o meu pobre cabelinho porque "eu fico bem de cabelo bagunçado". Okiiie then, sem contar nas altas dicas de cabelo e dia marcado para voltar no salão porque ele precisa do meu dinheiro para sobreviver. Rá rá rá! Adoro esse tipo de piadinhas, sabe? SONHA que daqui a apenas um mês eu vou estar lá. Fui embora após o pagamento com preço abusivo e quem eu vejo no banquinho do lado de fora? Bia e o seu namorado. Não, eu não sabia que era o seu namorado, mas eu, ainda muito legal, faço sinais para ela por trás do namorado perguntando se ele era realmente o namorado dela e quando a resposta foi positiva eu tive que falar com ela de maneira íntima e provavelmente deixar ela com namorado que deveria estar perguntando quem era aquele sujeito.
Falando nisso, se eu tivesse que escolher eu gostaria de ser um sujeito oculto, sabe? Fato interessante é o de todas as pessoas olharem para a sua cara no meio da rua como se elas soubessem que você tivesse acabado de cortar o cabelo e se não bastasse tudo isso ainda encontrar uma conhecida mais do que discreta que te olha e praticamente pergunta se você estava saindo de um motel só porque o seu cabelo estava molhado. De qualquer maneira cheguei em casa sã e salvo após passar na papelaria para comprar envelopes para carta e fui testar a popularidade do meu cabelo.
Críticas. De cara. Porque eu "poderia ter cortado mais." Tudo bem, isso não é uma grande novidade já que esteriótipos pré concebidos existem desde que eu me entendo por anjo e eu não vou querer que eles mudem agora que as coisas já estão ficando cada vez mais velhas e batidas. Comparar vinho branco com vinho tinto não é uma coisa boa porque os dois tem suas DIFERENÇAS e são nessas DIFERENÇAS que estão as qualidades. Ninguém é igual a ninguém e se você quisesse que todos os seres humanos fossem iguais, melhor seria só termos um indivíduo da espécie porque afinal de contas todos os outros seriam figurinhas repetidas para ocupar espaço. Eu não sou uma figurinha repetida e era assim que eu gostaria de ser tratado e merecia ser. Explicaria muitas coisas, resolveria outras trocentas e hoje eu cheguei a comentar isso com uma pessoa que, ao menos, parece entender. Na teoria é tudo muito lindo, na prática as coisas são outras, mas eu não vou ficar divagando subjetivamente por um assunto que eu posso escrever abertamente agora que eu sou um elitista - contei essa? - e tenho um live journal onde eu escrevo de tudo para seletas pessoas de todas as partes do mundo porque afinal de contas porque ser puta quando você poder ser bitch? Hahahaha... tão seletas que daqui a pouco só eu vou estar lendo aquilo. :P
Voltando. O cabelo fez sucesso. Mais esperado do que o possível. Ninguém gostou. Uns até gostaram porque não gostam de cabelo grande ou médio, uns não gostaram porque eu deveria ter cortado mais e a maioria achou que eu fiquei parecendo uma galinha com o cabelo arrepiado na parte de trás. UAU. Provavelmente eles não devem saber que agora eu sou FILÉ, huh? HAHAHAHA... e sabe que eu estou achando o cabelo bem simpático? É, eu sou do contra e além disso agora eu tenho o cabelo do Zezinho da Anita agora em Mulhes Apaixonadas, pareço um guri de 16 anos e, pasmem, estou "A_cara" do Beto da Malhação, vocês sabiam? Nem eu. Poderia dizer que era SÓ o que faltava, mas prefiro ficar quieto depois que eu vi o novo corte de cabelo do Bert. Coincidência. :P
E como eu continuo gostando de me aproveitar de datas pseudo comemorativas mesmo não colocando nenhum layout novo no dia de hoje, gostaria de fazer uma ponte e me arriscar até mesmo em desejar, mesmo que não se deseje, um Feliz Dia do Trabalho para todos os vagabundos que passam por aqui só para dizer que eles voltaram a ter a liberdade de expressão que eu havia tirado.
"On The Horizon" (Clipe) - Melanie C
Kinho Dickinson
Algumas coisas não mudam e entre elas encontramos o calor insuportável do Rio e as minhas reclamações quanto ao Sol escaldante que me transformam no cover oficial do Negrinho do Pastoreio no Brasil, mas até que esta semana passou rápido, néam? Estou adorando esses feriados estrategicamente bem situados que fazem com que eu passe ainda mais tempo em casa fazendo o oposto do que eu deveria fazer porque essa foi mais uma semana em que meus planinhos não foram cumpridos e isso já está se tornando algo repetitivo desde o começo do ano, i guess.
Não vou nem comentar sobre as coisas a là Huck Finn que não foram cumpridas e mesmo ganhando um prolongamento de tempo continuam muito em cima da hora, mas minhas coisinhas fúteis altamente importantes que deveriam ser terminadas como, por exemplo, tirar fotos 3x4, fazer um pseudo documento que renderá bons frutos, achar um tempinho de ir ao correio colocar cartinhas que eu escrevi a trocentos anos atrás e que não enviei por zilhões de motivos, ir ao cinema ver X Men... enfim... coisas do tipo que eu queria fazer essa semana e não fiz. Exceções? Cabelos. Eu queria que alguém os cortassem porque eu sou fresco e estava implicando com eles colocando mil e um defeitos . E cortaram.
Depois de muitas reclamações decidi ir do Kinho´s Lab para o shopping sem escala em casa para que cortassem meus cabelos que já estavam enchendo o saco, como dito. Em três meses eles cresceram muito rápido e eu já estava até mesmo conseguindo fazer um pseudo "rabo de cavalo" que com o passar do tempo começaria a detonar e quebrar a coisa toda. Pois bem, não deu outra e eu fui MESMO porque eu queria tirar fotinhas 3x4 com cabelo novo e ir ao cinema de cabelo novo e para cumprir esses planos é claro que eu teria que cortar o cabelo. Tá, chega.
Pouco tempo depois lá estava eu em frente a porta protagonizando a cena mais difícil de todas: a hora em que você pisa naquela salinha cujo piso parece um gramado de futebol com tantos cabelos diferentes espalhados e aquelas cabelereiras de roupas pretas e olhares superiores te olham sincronizadamente como se não soubessem que você estaria ali para que cortassem os seus cabelos e você entra e em seguida abre a boca dizendo "Oi, eu gostaria que cortassem os meus cabelos!" Odeio primeiro contatos e como eu nunca tive talento para ufólogo é obvio que eu não tive o contato de primeiro grau pronunciando uma frase tão óbvia como aquela, só perguntei se "ele" - apontando para o homem que havia cortato o meu cabelo da última vez - estava desocupado.
Ele tem uma cara de desocupado natural e se eu fosse levar em consideração a aparência externa do dito cujo eu não iria pensar duas vezes em NÃO cortar o cabelo com ele. Típico dono de salão: espalhafatoso, vive gritando com as funcionárias, estranhamente - mal - arrumado que só ele e, claro, um aplique muito do esquisito nos cabelos. Eu ainda tenho dúvidas se ele é uma beeesha loca ou não, mas isso é normal. Ele estava ocupado cortando os cabelos de um senhor que quase não os tinha enquanto uma mulher com cara de rampeira portanto uma pinta estrategicamente situada no buço pedia a ele cinqüenta reais para esperar pelo término do corte. Rá! Tudo bem que eu não tenho cara de rampeira e nem uma pinta no buço mas se eu também estava esperando e nem por isso ganhei alguma coisa a não ser um aviso para sentar naquele sofazinho muito do safado enquanto aguardava e ficar folheando as diversas revistas interessantíssimas no estilo Ana Maria e Isto É Gente e protagonizar mais um Momento Internet "Rivaivel!
Não sei se isso acontece com todo mundo, mas eu sou extremamente retardado e se lembro de algum fato interessante e/ou engraçado que aconteceu em determinado lugar passo facilmente por maluco. Sabe o caso típico de estar ouvindo música em diskman e só se ligar que está cantando alto e praticamente fazendo uma locação dentro do ônibus quando todos já estão olhando para sua cara a horas? Mais ou menos. Logo de cara abro uma revista onde em uma página qualquer "Emílio Orciollo Netto Visita Florianópolis!". Não custa nada mudar a revista, certo? Errado! Uma foto do Gael García Bernal aparece na minha frente quase me fazendo rir por motivos óbvios. Uma terceira? Claro! Vamos ler o nosso horóscopo. "Pare de tentar esconder os seus sentimentos ou utilizar formas irracionais para fugir deles." Algo do tipo. Decidi parar de ler e assistir O Cravo e a Rosa quando me soltam um "você já deveria saber que eu não demonstro o que eu sinto" seguido da Bia a.k.a. "Moça do Dinheiro" que aparece e, claro, me reconhece porque afinal de contas ela é amiga da Léia.
Ela continua a mesma entrando nos assuntos mais nada a ver e claaaaro que ela perguntou se eu estava namorando, que eu estava sumido... como se eu tivesse muita intimidade, mas, como todo mundo diz, eu sou lerdo e fui salvo pelo gongo de plique na cabeça que me chamou. Sentei naquela cadeirinha já conhecida e o cara já cheio das intimidades dizendo "Nossa! Ele cresceu rápido, né?" Não sou bobo nem nada de dar uma resposta engraçadinha já que ele já estava com uma tesoura na mão e afinal de contas cometer um erro "sem querer" não seria algo legal. Perguntou como eu queria cortar o cabelo e la la la e quando eu pensei que o momento internet "rivaivel" tinha acabado o que que o maluco começa a cantarolar? Velha Infância, claro! Aaahhh... eu tive que puxar assunto para fazer ele parar, então entrei nisso de estilo de corte de cabelos, aí ele ficou falando - já tinha falado antes de começar - que eu não devia cortar o cabelo porque ele tava tããããooo bonito, mas que eu devia estar querendo ficar igual ao Matheus. Eu ri. "QUE Matheus?", peguntei. "Não não... ai qual é o nome? THIAGO LACERDA!" Sem contar com o estilo Reinaldo Gianechinni(?), claro.
Eu gostaria de saber porque as pessoas cismam em achar que sempre que você vai cortar o cabelo você tem que tomar como base algum "artista". Apropósito, eu gostaria de saber porque as pessoas tem mania de achar que tudo que você faz é inspirado em alguém ou para alguém como se você fosse um dos vasos de um par de vasos que não consegue e nunca vai ser visto individualmente. Mais uma vez a questão da Arca de Noé, mas eu não vou filosofar sobre isso porque isso aqui é um dear diary e não uma tese sobre os paradigmas criados a partir de lendinhas bíblicas. E, voltando aos cabelos, desculpe, mas eu não acho que o cabelo do Erik Marmo seja auge dos cortes de cabelo, por exemplo, mas ele cortou o meu cabelo muito bem da última vez e repetiu a dose. Uma pena que eu não sei a hora de parar.
No meio de vários elogios que não conseguiam fazer nem cócegas no meu ego como "Olha que cabelo lindo, gente!", falando com a mulher que estava sentada no banco ao lado visualizando a cena como se eu fosse um poodle em exposição, e no meio de tentativas de me colocar medo falando que eu vou ficar careca e perguntando se eu tenho casos de calvície na família fazendo com que a mulher - ou seria hiena? - ao lado risse mandando ele parar de me colocar medo, ele termina o corte. Ficou ótimo, do jeitinho legal que tinha ficado da outra vez fazendo com que todos me chamassem de Bert. Rá! Mas eu com a minha mania estranha de achar que poderia ficar melhor e/ou poderia ficar mais "diferente" do que já estava me deixando com uma cara mais "nova", pedi para cortar mais. Eis que a pseudo bicha enlouquesse. "Ai não corta mais nããããooo! Tá tão lindo assim!" Nisso eu, muito convicto, continuo para ele cortar só mais um pouquinho. "Quer que eu corte? Tá. Vou cortar, hein? Mais só um pouquinho! Senão vai ficar algo muito Chitãozinho e Xororó!" E depois de mais uma comparação estapafúrdia ele meteu a tesoura. No cabelo, claro.
Cortou e cortou e cortou. E eu vendo aqueles trocentos fios caindo com cara de "porque-eu-não-calei-a-boca-e-saí-dali-do-jeito-que-estava?" E terminamos. Olhei para o espelho e vi a Helena Ranaldi em Mulheres Apaixonadas. Só faltava o Fred do meu lado e a mãe dele tentando separá-lo de mim para coroar. E eu ainda tive que ouvir os outros falando que ficou "linnndo", que pensou que iria ficar estranho mas que combinou muito comigo e a hiena do lado, se metendo mais uma vez, concordando falando que eu fico com cara de "muleque levado" e desenvolvendo comentários por si mesma acrescentando que só precisava fazer a barba e o pseudo bigode. Eu sou anti pelos no meu rosto, mas não havia necessidade de o cara falar que "isso" é penugem de criança. :P
Próxima parada? Lavar o cabelo. Com quem? Com a Bia, claro! Tá, agora eu até pude achar que ela estava querendo alguma coisa porque afinal de contas ela disse que não iria para a escola e perguntou o que eu iria fazer quando saísse dali porque ela estava doida para ir ao cinema - tá, eu também quero ir, mas não com ela e além do mais X Men começou a ser exibido só hoje, rá - e falava isso enquanto se questionava em voz alta onde estava o "Kinho" - ela falou meu nome, duh - que ela tinha conhecido? Que eu estava muito diferente, que eu mudei... coisas do tipo que eu rebatia dizendo que eu sou o mesmo de sempre. Ela, por sua vez, dizia que eu não mudei por dentro e sim por fora, "completamente" e que eu estou FILÉ! Aliás, ela repetiu essa palavrinha várias vezes até que eu, muito legal, comecei a falar coisas animadoras do tipo "E será que o seu namorado não iria com você ao cinema hoje?" Pronto. Pra que eu fui perguntar? Histórias de crise/término do namoro e busca de "novas oportunidades" foram jogadas para fora. Colei chiclete debaixo da mesa da Santa Ceia, provavelmente. Agora eu pergunto: O QUE É FILÉ? Será que eu sou algo vermelho, mole, macio e gorduroso? E se AGORA eu estou "filé", antes eu era o que? Um bucho? :P
Voltei para a cadeirinha e vamos (des)pentear o cabelo e ouvir propaganda de um gel M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O que só vende naquele salão e ver aquela mão peluda chacoalhando o meu pobre cabelinho porque "eu fico bem de cabelo bagunçado". Okiiie then, sem contar nas altas dicas de cabelo e dia marcado para voltar no salão porque ele precisa do meu dinheiro para sobreviver. Rá rá rá! Adoro esse tipo de piadinhas, sabe? SONHA que daqui a apenas um mês eu vou estar lá. Fui embora após o pagamento com preço abusivo e quem eu vejo no banquinho do lado de fora? Bia e o seu namorado. Não, eu não sabia que era o seu namorado, mas eu, ainda muito legal, faço sinais para ela por trás do namorado perguntando se ele era realmente o namorado dela e quando a resposta foi positiva eu tive que falar com ela de maneira íntima e provavelmente deixar ela com namorado que deveria estar perguntando quem era aquele sujeito.
Falando nisso, se eu tivesse que escolher eu gostaria de ser um sujeito oculto, sabe? Fato interessante é o de todas as pessoas olharem para a sua cara no meio da rua como se elas soubessem que você tivesse acabado de cortar o cabelo e se não bastasse tudo isso ainda encontrar uma conhecida mais do que discreta que te olha e praticamente pergunta se você estava saindo de um motel só porque o seu cabelo estava molhado. De qualquer maneira cheguei em casa sã e salvo após passar na papelaria para comprar envelopes para carta e fui testar a popularidade do meu cabelo.
Críticas. De cara. Porque eu "poderia ter cortado mais." Tudo bem, isso não é uma grande novidade já que esteriótipos pré concebidos existem desde que eu me entendo por anjo e eu não vou querer que eles mudem agora que as coisas já estão ficando cada vez mais velhas e batidas. Comparar vinho branco com vinho tinto não é uma coisa boa porque os dois tem suas DIFERENÇAS e são nessas DIFERENÇAS que estão as qualidades. Ninguém é igual a ninguém e se você quisesse que todos os seres humanos fossem iguais, melhor seria só termos um indivíduo da espécie porque afinal de contas todos os outros seriam figurinhas repetidas para ocupar espaço. Eu não sou uma figurinha repetida e era assim que eu gostaria de ser tratado e merecia ser. Explicaria muitas coisas, resolveria outras trocentas e hoje eu cheguei a comentar isso com uma pessoa que, ao menos, parece entender. Na teoria é tudo muito lindo, na prática as coisas são outras, mas eu não vou ficar divagando subjetivamente por um assunto que eu posso escrever abertamente agora que eu sou um elitista - contei essa? - e tenho um live journal onde eu escrevo de tudo para seletas pessoas de todas as partes do mundo porque afinal de contas porque ser puta quando você poder ser bitch? Hahahaha... tão seletas que daqui a pouco só eu vou estar lendo aquilo. :P
Voltando. O cabelo fez sucesso. Mais esperado do que o possível. Ninguém gostou. Uns até gostaram porque não gostam de cabelo grande ou médio, uns não gostaram porque eu deveria ter cortado mais e a maioria achou que eu fiquei parecendo uma galinha com o cabelo arrepiado na parte de trás. UAU. Provavelmente eles não devem saber que agora eu sou FILÉ, huh? HAHAHAHA... e sabe que eu estou achando o cabelo bem simpático? É, eu sou do contra e além disso agora eu tenho o cabelo do Zezinho da Anita agora em Mulhes Apaixonadas, pareço um guri de 16 anos e, pasmem, estou "A_cara" do Beto da Malhação, vocês sabiam? Nem eu. Poderia dizer que era SÓ o que faltava, mas prefiro ficar quieto depois que eu vi o novo corte de cabelo do Bert. Coincidência. :P
E como eu continuo gostando de me aproveitar de datas pseudo comemorativas mesmo não colocando nenhum layout novo no dia de hoje, gostaria de fazer uma ponte e me arriscar até mesmo em desejar, mesmo que não se deseje, um Feliz Dia do Trabalho para todos os vagabundos que passam por aqui só para dizer que eles voltaram a ter a liberdade de expressão que eu havia tirado.
"On The Horizon" (Clipe) - Melanie C Kinho Dickinson
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