February 14, 2004

February 13, 2004

fRiDaY 13rd - JaNuArY´s TaLe_


"Calling where is my boy?
I have seen you so often
I cry where is my boy
Or have you all forgotten?"

Bom, por onde eu começo? Todo mundo já estourou suas garrafas de cidra, todo mundo já surtou por causa do vestibular, algumas pessoas já estão com suas lancheirinhas rumo a escola e "january is all I know". Eu sei que esse mês já foi arrancado do calendário sem dó nem piedade mas como fevereiro - além de não estar sendo um mês muito favorável para a minha saúde mental - provavelmente continua com seu movimento de translação ao redor do mês passado, nada mais natural do que escrever sobre um mês super significativo, afinal de contas eu devo ser o único ser que faz aniversário em junho mas que as pessoas relacionam com janeiro.

Talvez possa ser apenas uma inusitada vontade de escrever. Escrever é bom. Escrever mata demônios. Escrever te mantém ocupado. Escrever faz você reviver momentos e se eu não fizesse um post grande, nostálgico e subjetivo não teria a menor graça. Algumas pessoas esperam por isso e vai ver eu sou previsível demais, só que vontade não põe post(?) e as vezes, mesmo querendo escrever, não sai nada. Quem sabe até seja melhor assim porque geralmente quando eu escrevo as pessoas acham que é reclamação ou qualquer coisa que o valha mas, não, eu não quero reclamar de nada. Primeiro que não se trata disso, segundo que eu não tenho que reclamar de nada já que acabei de passar dias incríveis com seres humanos idem e terceiro que, para que você reclame de algo você tem que estar, no mínimo, insatisfeito com alguma coisa e não, eu não tenho nada fixo. Aliás, é bem isso porque, sinceramente, não é divertido não saber o que se passa pela sua cabeça e não conseguir exterioriar/entender/outro verboqualquer toda essa confusão mental que se aloja sem perspectiva de partida, mas eu gostaria de tentar.

Hmmm... é só comigo ou você também está achando que esse post está com um tom de texto-pseudo-jornalístico-contanto-história-verídica? Está irritante, mas enfim... onde eu estava? Ah sim, janeiro. Sweet January. Somente isso. Somente agora porque, sim, você só pode dizer que uma coisa é doce quando você sente o sabor. Ou não, mas isso é uma outra história. E histórias deixam saudades, sabe? Saudade das coisas que você passou, saudade para lembrar de momentos e até mesmo saudade para "homenagear" pessoas especiais, por mais difícil que seja retratar cada momento ou citar cada pessoa. Saudade até da Itapemirim e nossa relação de amor(?) e ódio. De fazer o ônibus virar uma favelinha particular e se alojar em duas poltronas - mesmo pagando uma só - enquanto faz coisas não-convencionais como passar metade da viagem escrevendo compenetradamente em um caderninho azul fazendo os outros passageiros olhar em sua direção. Ver filme, ganhar lanchinho e quase se perder em uma rodoviária desconhecida porque uma certa pessoa não sabe explicar direito a localização das coisas.

Falando nela, saudades de espancá-la e fazê-la comer presunto imaginário. Até de conversar enquanto ela dorme, sabe? Porque, sim, ela dialoga muito bem quando está dormindo, tanto quanto conseguimos a façanha de perder duas vezes o mesmo filme, mesmo depois de atravessar uma avenida e uma estação de metrô correndo a là Rocky Balboa enquanto todo mundo olhava para a nossa cara. E como olhavam, viu? Ser? que nos vestimos tão mal assim? Palhakinho e Jackie, de "O Fantástico Mundo de Bobby". Agora deu vontade de pedir pizza e ver o cara esquecer a Coca-cola, voltar ao shopping, tirar fotos do pôr-do-Sol, ver alguém se escondendo de lésbicas que aparecem pelos lugares mais inusitados e a boa-ação dessa mesma pessoa, que dá dinheirinhos para menininhos necessitados. Sem contar com o casal de namorados cuja parte feminina não dialogava e, principalmente, ver "Sexo, Amor e Traição" e rir muito ao saber que alguém quer ter uma "bunda de negona". E se bobear, saudades até mesmo de lavar louça enquanto ela ficava de quatro lavando a privada ou então de ficar ilhado em plena República, debaixo de uma banca de jornal só porque a estação Tatuapé resolve voar pelos ares no meio daquela tempestade que nos fez seguir os ladrilhos amarelos em busca de um ônibus porque, não, a cidade não funciona sem metrô e a população se transforma em diversas baratas-tontas sem saber o que fazer. E, deturpando aquela máxima, é uma câmera na mão e nenhuma idéia na cabeça para pagar de turista e fotografar tudo e todos, no meio da chuva. Pobre Nelson, todo ensopado. Apropósito, ele deu um show a parte. Tirou foto com a "nata" do fotolog, cativou e fez vários amiguinhos. Chico, Bruno, BouBou, Calolo e até o Drakinho, que pode até mudar de nome novamente, mas resolveu ser batizado depois de muitas tentativas frustradas. Em uma palavra: POP. Até foi em "baladinha", se você quer saber.

Ir para as famigeradas baladinhas, conhecer pessoas que são mais fofas que o esperado e ficar com medo disso. Ser precipitado, estragar tudo e surtar depois. Mas você volta. Volta e vê a loirinha, que é a alegria da galera, tira trabalhadores de seus postos, fica contente, dança e tudo mais. Não dançando compulsivamente como naquela outra "baladinha" onde sequer reparou que o cara da chapelaria estava te cobrando um real, claro. Vai ver é verdade que gato escaldado tem medo d´água e, veja, eu estou gastando os ditos populares. Showzinhos, misturinhas que não fazem bem e talvez por isso eu não pude curtir Cindy Lauper como se deve, quando ela me chamou. Impossível contar tudo, sabe? Não que eu queira contar, claro. Depois de algumas complicações para deixar o local, finalmente você pega uma carona, fica encantado com certas coisas(?) e, como você não é o super-kinho e também depende da ajuda de estranhos, sorte sua que tem alguém pra cuidar de você, fritar bolinhos de carne e descolar uma samba-canção estampada com um personagem de desenho animado e camisa limpa porque, sim, além de falar na terceira pessoa você é super enjoado e se recusa a dormir sujo e com cheiro de cigarro - como se o lugar já não tivesse duas chaminés ambulantes, huh? Quem vê de fora confunde as coisas. A propósito, descobri que a Alanis é uma palhaça e que mães em geral aparentemente vão com a minha cara e outras até contestam o meu sotaque. Period. Mas aí volta ao fato de você ser precipitado. Mas veja que a culpa não é sua se você pensar que as pessoas te zoam e te pedem coisas. A propósito, notar que a ordem cronológica dos acontecimentos já foi pro espaço há tempos.

Saudades das pessoas que eu conheci - e das que eu não conheci? Da mamãe-do-nico, que nos recebeu de braços abertos junto do seu filhinho fofíssimo e, claro, do pseudo-papai, que eu conheci sem ninguém ter apresentado e descobri uma pessoa super especial - entenda que eu não estou dizendo que ele tem que ir para a APAE - que além de ter o_abraço, dispensa maiores comentários. Da Hera Venenosa, do Cavalo de Fogo e de todos os apelidinhos infames - que já não fazem o menor sentido - dirigidos a mesma pessoa, que eu nunca linko. Até do senhor Charlie Liu, passional que só ele, que a cada hora tinha uma opinião diferente formada ao meu respeito mas que foi o_guia, o_cinzeiro... enfim, não merece maiores confetes. Rá. Isso sem contar a população fofosa que eu conheci, que está espalhada pelos fotologs da vida - medo de fotos minhas por aí, ok? -e que eu adorei. Até acho que a recíproca foi verdadeira porque, sim, aparentemente eu sou "muito fofo" e as pessoas tem vontade de "me prender numa gaiola" ou então "me morder". Isso porque, veja só, eu não vou comentar que uma certa pessoa possui um chuveiro assassino que, quando não esfria demais, esquenta demais. A_cena. "Eu te amo. *esconde a cara* "Hipo, hipo!" E vamos comer.

No meio dessa ebulição de pessoas e acontecimentos eis que você, novamente, tem que ir arrastando sua malona pelas ruas da cidade para ir para um lugar desconhecido e questionável. Novo cenário. Adorável surpresa. "This is it, life will never be better, or sweeter than this." "Smell like puppy pee" também nunca fez tanto sentido. Saudades de ser recepcionado por cartazes e ficar com vergonha disso, obviamente, até porque... "que talento!" Sim, sim, muitas piadinhas internas. UORCH! Muitas fotos. COOLL. Mais de 24mb registrando momentos que vão ficar guardados, para ver quando der saudade porque nada é eterno. "If you only had a brain" você entenderia. E deu saudade agora. Saudades daquela bostinha de gente, que diz que eu tenho cílios de Minnie, aponta uma lágrima inexistente abaixo dos olhos, mas que ainda assim eu gosto tanto. Só não gosto quando tenta me morder, mas anjos tem imunidade e não ficam marcas, mesmo que alguns anjos já tenham perdido um pouco da credibilidade. E qual o problema de ter gengivas sensíveis? É algo tão simples. Ou talvez não. E talvez não seja tão simples ouvir o Espantalho se lamentar por não ter um cérebro. E talvez não seja tão simples mandar um beijo pro ar de olhos fechados ou fechar um dos olhos sem alguém para retribuir o gesto. E talvez não seja tão simples ouvir a Lauryn Hill cantar que "I need you to save me from myself". E talvez não seja tão simples não conseguir comer um Sonho de Valsa sem lembrar de algo ou somente para guardar de recordação.

Saudades dela, a anfitriã do momento, que nutre a mesma paixão por Gellie Man e me acompanha nas diversas performances de "Aicha", que só é o melhor clipe porque ainda não filmaram a nossa versão de "I?m Glad", com direito a piruetinhas e tudo. Flashdance será sempre Flashdance e aparentemente ninguém nunca viu esse filme, huh? Nem O Mágico de Oz, mas isso também é uma outra história.

Noites de conversa. Carmen Sandiego. Garbage. Strokes. Los Hermanos. Rufus. Sorvetes. Muitos sorvetes. Lauryn Hill. Palhaço Emo. Biro´s. Adedan... ops... Stop. Pastelaria. Teve até churrasco com direito a uma bela tacada de sinuca e a bola número 1 dentro do copo de cerveja. Engraçado? Isso porque você não conferiu os talentos dela, a dona do copo de cerveja, como barbeira e esteticista. Sem contar as conversas telefônicas com ele que. apesar de resolver linkar somente agora, são até produtivas, sabe? Tirando Julie, Trixie pernetinha e a fotogênica gatinha do metrô, gatos se fizeram completamente desnecessários e, veja só, acredito que a cigarra também não agradou muito. E quem é a mais... hmmm... exótica? Nicole Kidman como Virginia Woolf ou a pobre da Selma Hayek(?) e sua Frida Kahlo? Alugar Sweet November e ficar bã. Alugar Great Expectations e ganhar mordidas. Sem comentários.

(...)

O pior é que depois de escrever tudo isso você ainda tem que admitir que algumas pessoas fazem falta. Falta de alguém que faz diferença, que não liga se você é acomodado, que rebata as coisas que você fala, que não fala porra nenhuma mas sabe olhar e isso basta. Realmente isso começa a ficar muito "EMO", como dizem e não, eu já não faço a menor idéia do que escrever e de onde eu quero chegar. Acho que vou ficar por aqui mesmo, as usual, provavelmente porque eu continuo sendo acomodado demais.

"Where Is My Boy?" - Faultline feat. Chris Martin

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